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terça-feira, 21 de maio de 2013

Permanecendo em silêncio, sem pedir, sem suplicar


Pergunta : Podeis oferecer-nos alguma maneira prática de nos libertarmos de nossa mente condicionada? Dizeis que qualquer preparo especial, tal como a ioga ou outros exercícios espirituais, só serve para nos tornar escravos; mas continuo a pensar que temos dê adotar alguma espécie de método. Dizeis que, para termos essa liberdade, devemos dedicar-lhe a nossa vida; mas, como fazê-lo, sem algum método ou sistema?

KRISHNAMURTI: Aí temos uma questão um tanto com­plexa, e espero escuteis atentamente o que se vai dizer. Por "atenção" não quero significar “aguardar mentalmente” resposta que se deseja receber" — ou seja, a garantia de que uma certa ajuda, uma certa disciplina ou prática é necessária para que possamos ser livres. Estamos acostumados a obter resultados mediante certas práticas, cer­tos métodos, e a passar desses resultados a novos resul­tados. Mas, há um limite ao que pode ser conhecido pe­la mente, mediante determinadas práticas ou disciplina; e queremos agora investigar — não é verdade? — o que é a realidade, o que é Deus. Para conseguir isso, deve a mente, em primeiro lugar, tornar-se ilimitada, capaz de receber o desconhecido. A mente não pode chegar-se à verdade, não pode receber a verdade dentro de sua clau­sura. A verdade é imensurável, imensa, não podendo, pois, ser alcançada pela mente limitada, por mais prati­cas que siga.

E não é exato que vosso motivo, ao fazerdes esta per­gunta, é o de obter algo, atingir ou aprisionar a verdade? Mas a verdade deve vir a vós; a mente não pode ir ao seu encontro. Pensais que, se vos exercitardes em dominar vossas paixões, isso vos conduzirá à realidade e, por essa razão, o todo vos é muito importante; mas a mente que está sempre a esperar, a chamar, nunca alcançará, em circunstância alguma, o que se acha além dela própria. Não há caminho, nem ioga, nem disciplina que vos leve a isso. O que a mente pode fazer é, apenas, conhecer a si mesma. Conhecer suas próprias limitações — motivos, sentimentos, paixões, crueldades, falta de amor, — e es­tar cônscia de todas as suas atividades. Devemos conhe­cer tudo isso e permanecer em silêncio, sem pedir, sem suplicar, sem estender a mão para receber algo. Se estendeis a mão, ficareis de mãos vazias para sempre. Mas, conhecer a si mesmo, tanto o consciente como o incons­ciente, é o começo da sabedoria; e conhecer a si mesmo por essa maneira, traz liberdade — que não significa liber­dade para experimentar a realidade. O homem livre não é livre para alguma coisa, ou livre de alguma coisa; é li­vre, simplesmente; e então, sem o desejar, aquele "estado de realidade" surgirá. Mas, se sairdes à sua procura, ficareis como um cego a buscar a luz; nunca o achareis. O ho­mem que compreende a si mesmo, nada busca; sua mente é ilimitada, sem desejos, e a essa mente pode manifestar- se o imensurável.

Krishnamurti – Verdade Libertadora - ICK
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill