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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sobre o despertar da Inteligência Amorosa

"Quando ocorre a cura psíquica, a experiência do amor e da não-localização encontram-se tão fortemente ligadas que não podem ser separadas. Os curandeiros experimentam uma sensação de SACRALIDADE e de TOTALIDADE,de tal forma que o universo parece divino, encantado e cheio de amor... O curandeiro psíquico não precisa esforçar-se para adicionar o elemento amor às suas curas; antes, o amor é intrínseco à autêntica sensação de totalidade não-localizada. Não estamos falando aqui do amor como uma emoção. Este amor maior se parece mais com UM PROFUNDO DESEJO INTERIOR DE RESTABELECER A INTEGRIDADE do paciente, a perda da qual expressa-se como doença. O amor pelo paciente É a ânsia em ajudá-lo a ser ÍNTEGRO, a ser UNO. Sem este amor, a cura simplesmente não ocorre." — Larry Dossey 

"Não pensas que o mundo necessita de paz tanto quanto tu? Não queres dar ao mundo essa paz tanto quanto queres recebê-la? Pois a não ser que a dês, não irás recebê-la. Se queres tê-la de mim, tens que dá-la." — UCM


Eu me sentia supremente feliz, pois tinha visto. Nada mais seria como antes. Bebi das águas claras e puras da fonte da vida e minha sede foi aplacada. Nunca mais terei sede. Nunca mais estarei na escuridão total. Eu vi a Luz. Toquei a compaixão que cura toda a tristeza e todo sofrimento; não para mim, mas para o mundo. Estive no topo da montanha e olhei para os Seres poderosos. Vi a luz gloriosa e curadora. A fonte da Verdade foi-me revelada e as trevas, dissipadas. O amor, em toda a sua glória, inebriou meu coração; meu coração não mais poderá estar fechado. Bebi da fonte da Alegria e da Beleza eterna. Estou inebriado de Deus.(1)

Para mim há uma realidade; há uma realidade eterna e vivente - à qual você pode chamar Deus, imortalidade, eternidade, ou o que quiser. Há alguma coisa viva, criadora, que não pode ser descrita, porque a realidade frustra toda descrição. Nenhuma descrição da verdade pode ser duradoura, e não passará jamais de uma ilusão de palavras. Você não pode saber o que seja amor pela descrição de outrem; para conhecer o amor é preciso que você mesmo o experimente. Você não pode conhecer o gosto do sal enquanto não o provar por si mesmo. Entretanto, desperdiçamos tempo buscando uma descrição da verdade, em vez de procurarmos encontrar a maneira de realizá-la. Digo-lhe que não posso descrever, não posso exprimir em palavras essa vivente realidade que está além de toda idéia de progresso, de toda idéia de crescimento. Cuidado com o homem que tenta descrever essa vivente realidade: ela não pode ser descrita, tem de ser experimentada, vivida.(2) 

Eu realizei aquilo que para mim é a suprema felicidade - não a oriunda do prazer, mas a que promana dessa quietude interior que é a segurança da tranqüilidade, a realização da inteireza. Em tal estado não existe progresso, mas sim realização continua, na qual todos os problemas, toda as complexidades se esvaecem. Essa verdade, essa integridade interna, existe em todas as coisas; em todo o ser humano; e essa realidade interna jamais está ausente no que é mínimo como também jamais se exaure no que é Maximo. Para mim, a verdade, essa integridade de que falo, acha-se em todas as coisas. Portanto, a idéia de que você necessita progredir em direção a realidade, é uma idéia falsa. Não se pôde progredir na direção de uma coisa que sempre está presente. Não se trata de avançar para o exterior ou de voltar-se para o interior, mas sim de se libertar dessa consciência que se percebe a si mesma como separada. Quando você houver realizado tal integridade, verá que tal realidade não têm ela futuro nem passado; e todos os problemas relacionados com tais coisas desaparecem inteiramente. Uma vez que o homem realize isso, vem-lhe a tranqüilidade, não a da estagnação, porém a da criação, a do ser eterno. Para mim a realização desta verdade é a finalidade do homem.(3)

Quanto a mim, creio em uma realidade que existe de momento em momento e que, absolutamente, não se encontra na esfera do tempo. Essa realidade representa a única solução aos múltiplos problemas da nossa vida. Quando uma pessoa percebe essa realidade, ou quando ela surge, é ela um fator de libertação; mas nenhuma soma de argumentação intelectual, de disputa, de conflito econômico, social ou religioso, resolverá os problemas gerados pela mente.(4)

Pelo pensamento não se pode conceber o imensurável, porque o pensamento tem sempre medida. O sublime não está encerrado na estrutura do pensamento e da razão, nem tampouco é produto da emoção e do sentimento. A negação do pensamento é ação, (…) é amor. Se você está em busca do sublime, não o achará; ele deverá vir a você se tiver boa sorte e essa “boa sorte” é a janela aberta de seu coração, e não do pensamento.(5)

Assim, Deus, ou a Verdade, (…) é uma coisa que vem à existência momento a momento, e que só acontece num estado de liberdade e espontaneidade, (…). Deus não é coisa da mente, não se manifesta por meio de autoprojeções; só vem quando há virtude, que é liberdade. Virtude é ver diretamente o fato como ele é, e o ver o fato é um estado de felicidade. Só quando a mente transborda de felicidade, quando está tranqüila, sem nenhum movimento próprio, (…) projeção do pensamento, consciente ou inconsciente - só então desponta na existência o eterno.(6)

O abandono da personalidade, do “eu”, não se dá por ato de vontade; a travessia para a outra margem não é uma atividade dirigida para um fim ou ganho. A Realidade apresenta se na plenitude do silêncio e da sabedoria. Você não pode chamar a Realidade, ela deverá vir por si mesma; você não pode escolher a Realidade, ela é que deverá lhe escolher.(7)

Que nos está impedindo de dar o salto? O que nos impede é a tradição, que é memória, que é experiência (…). Tanto nos satisfazemos com palavras, com explicações, que não damos o salto, mesmo percebendo a necessidade de saltar. Alvitra-se que não ousamos nos lançar à corrente porque temos medo do desconhecido. Mas, me é possível saber o que acontecerá, me é possível conhecer o desconhecido? Se eu o conhecesse, não haveria então temor algum - e não seria o desconhecido. Nunca me será dado conhecer o desconhecido, se não me aventuro.(8)

O que estou dizendo é que, para viver com grandeza, para pensar criativamente, tem o indivíduo de estar por completo aberto à vida, isento de quaisquer reações autoprotetoras, tal como se dá quando você se acha enamorado. Você tem, pois, de estar enamorado da vida. Isso exige grande inteligência, não informações ou conhecimentos, porém sim essa grande inteligência que desperta quando você defronta a vida abertamente, completamente, quando a mente e o coração estiverem por completo vulneráveis em face da vida.(9)

Enquanto a mente está ativa, formulando, fabricando, inventando, criticando, não pode haver criação; e eu lhe asseguro que a criação vem silenciosamente, com extraordinária rapidez, sem compulsão, ao você compreender a verdade de que a mente precisa estar vazia, para que se realize a criação. Ao perceber a verdade disso, então, instantaneamente, há criação. (…) A criação só se realiza quando a mente, com seus motivos e sua corrupção, deixa de funcionar. (…) Assim, a única coisa necessária é que a mente, que é pensamento, deixe de funcionar; e então, lhe asseguro, você conhecerá a criação. Só há criação quando a mente, compreendendo sua própria insuficiência, (…) pobreza, (…) solidão, finda. Estando cônscia de si mesma, ela põe fim a si própria; então, aquilo que é criador (…), imensurável, aparece, sutil e velozmente.(10) 

Se você quiser conhecer a beatitude da verdade, deve se tornar plenamente apercebido dessas barreiras autodefensivas e derrubá-las. Isso exige um esforço contínuo e firme. A maior parte das pessoas não deseja fazer esse esforço. Querem antes que se lhes diga exatamente o que devem fazer, (…) assemelham-se a máquinas (…) Enquanto você, (…) voluntariamente, não se libertar dessas ilusões, não pode haver compreensão da verdade. Ao dissolver essas ilusões de autoproteção, a mente desperta para a realidade e para o êxtase da realidade.(11)

O êxtase da Realidade encontra-se pela inteligência desperta e no mais alto grau de intensidade. Inteligência não significa cultivo da memória ou da razão, mas, sim, uma percepção da qual é banida a identificação e a escolha.(12)

Só mediante seu pessoal discernimento sobre a causa do sofrimento, e não pelas explanações de outrem, é que podem ser abertos os portais da máxima beatitude, que conduzem ao êxtase do entendimento.(13)

O êxtase do entendimento vem somente quando há grande descontentamento, quando, em torno de você, todos os falsos valores forem destruídos.(14) 

Nesse estado de êxtase, de extrema alegria, tendo perdido a única coisa que lhe prende em baixo, o “eu”, você encontrará a única fonte de inspiração, a única beleza de que necessita, e a única verdade digna de a ela aderir, de por ela lutar, digna de que se sacrifiquem todas as coisas para obtê-la.(15)

Você não pode ser feliz enquanto não fizer a felicidade de outros, e você só pode tornar outros felizes, se você houver entrado nesse Reino (…) obedecido, (…) colhido os murmúrios daquela Voz que é Eterna. Só desse modo poderá guiar homens, lher dar felicidade, (…) coragem na luta pela nobreza, animá-los para escutarem seus próprios murmúrios da Divindade.(16)

Enquanto o centro estiver criando a escuridão, e o pensamento estiver operando nela, haverá a desordem, e a sociedade será como é agora. Para nos afastarmos disso, temos de ter a visão intuitiva. A visão intuitiva só pode ocorrer quando há um lampejo, uma luz repentina, que elimina não apenas a escuridão como também o seu criador.(17)

A mente iluminada não pede mais luz - ela própria é luz; e toda influência, toda experiência que penetra nessa luz, nela se consome de instante em instante, de modo que a mente está sempre clara, imaculada, indene. Só a mente iluminada, a mente sã, pode ver o que está fora dos limites do tempo.(18)

* * *

O despertar é uma mudança no estado de consciência que ocorre com a separação entre pensamento e consciência. No caso da maioria das pessoas, isso não é um acontecimento, mas um processo pelo qual elas passam. Até mesmo aqueles raros seres que experimentam um súbito, radical e aparentemente irreversível despertar passam por um processo no qual o novo estado de consciência flui de modo gradual, transformando tudo o que eles fazem e, assim, vai se integrando à sua vida.

Em vez de ficarmos perdidos em nossos pensamentos, quando estamos despertos reconhecemos a nós mesmos como a consciência por trás deles. O pensamento deixa de ser uma atividade autônoma que se apossa de nós e conduz nossa vida. A consciência assume o controle sobre ele. O pensamento perde o domínio da nossa vida e se torna o servo da consciência, que é a ligação consciente com a inteligência universal. Outra palavra para ela é presença: consciência sem pensamento.

A iniciação do processo do despertar é um ato de graça. Não podemos fazer com que ela aconteça, nem nos preparar para ela, nem acumular méritos para alcançá-la. Não existe uma seqüência precisa de passos lógicos que leve nessa direção, embora a mente fosse adorar isso. Também não precisamos nos tornar dignos primeiro. Ela pode acontecer a um pecador antes de chegar a um santo, mas não necessariamente. É por isso que Jesus se envolveu com todos os tipos de pessoas, e não só com as respeitáveis. Não existe nada que possamos fazer quanto ao despertar. Qualquer ação da nossa parte será o ego tentando acrescentar o despertar ou a iluminação a ele mesmo como seu bem mais precioso e, assim, se mostrando como mais importante e maior. Nesse caso, em vez de despertarmos, acrescentamos o conceito do despertar à nossa mente, ou a imagem mental de como se parece uma pessoa desperta, ou iluminada, e depois procuramos adotar esse modelo. Assumir essa imagem, seja ela criada por nós ou pelos outros, é viver sem autenticidade - outro papel inconsciente que o ego representa.

Portanto, se não existe nada que possamos fazer quanto ao despertar - independentemente de já ter acontecido ou não -, como ele pode ser o propósito primário da nossa vida? Não existe a idéia implícita de que podemos fazer alguma coisa em relação ao propósito?

Apenas o primeiro despertar, o lampejo inicial da consciência sem pensamento, acontece por graça, sem nenhum gesto da nossa parte. Se você considera este livro incompreensível ou sem significado, é porque isso ainda não lhe aconteceu. No entanto, caso algo em seu interior responda a ele - se você, de alguma forma, reconhece a verdade nele -, isso significa que o processo do despertar já está em andamento. Depois dessa etapa inicial, não poderá ser revertido, embora possa ser retardado pelo ego. No caso de algumas pessoas, esta leitura desencadeia o processo do despertar. Em relação a outras, a função deste livro é ajudá-las a reconhecer que já começaram a despertar e, assim, intensificar e acelerar esse processo. Este livro também auxilia no reconhecimento do ego sempre que ele tenta recuperar o controle e obscurecer a consciência que está surgindo. Alguns indivíduos experimentam o despertar quando, subitamente, se tornam conscientes dos tipos de pensamentos que costumam ter, sobretudo os negativos e persistentes, com os quais podem ter se identificado durante toda a vida. De repente, há uma consciência que está consciente do pensamento, mas não é parte dele.

Qual a relação entre consciência e pensamento? Consciência é o espaço em que os pensamentos existem quando esse espaço já se tornou consciente de si mesmo.

Quando temos um lampejo de consciência ou presença, reconhecemos isso de imediato. Não se trata mais de um simples conceito na nossa mente. Então, somos capazes de fazer a escolha consciente de nos manter presentes em vez de nos entregar ao pensamento inútil. Podemos convidar a presença para nossa vida, isto é, criar espaço. Com a graça do despertar vem a responsabilidade. Temos a opção de continuar em frente como se nada tivesse ocorrido ou ver a importância disso e reconhecer o despertar da consciência como a coisa mais importante que pode nos acontecer. Estarmos abertos à consciência emergente e atrair sua luz para o mundo torna-se então o propósito primário da nossa vida.

"Quero conhecer a mente de Deus. O resto são detalhes", disse Einstein. O que é a mente de Deus? Consciência. O que significa conhecer a mente de Deus? Estarmos conscientes. Quais são os detalhes? Nosso propósito exterior e qualquer coisa que aconteça no mundo externo. 

Portanto, enquanto talvez ainda estejamos esperando que algo especial surja na nossa vida, podemos não perceber que a coisa mais importante que pode acontecer a um ser humano já ocorreu em nosso interior: o início da separação entre o pensamento e a consciência.

Muitas pessoas que estão passando pelos estágios iniciais do despertar já não sabem mais com certeza qual é seu propósito exterior. O que move o mundo não as move mais. Reconhecendo com tanta clareza a loucura da nossa civilização, elas podem se ver de certa forma alienadas da cultura ao seu redor. Algumas sentem que habitam uma terra de ninguém entre dois mundos. Elas não são mais conduzidas pelo ego, mesmo que a consciência emergente ainda não tenha se tornado plenamente integrada à sua vida. Os propósitos interior e exterior não se fundiram.(19)

Fontes das citações:
(1) Krishnamurti - Vida e Morte de Krishnamurti - Teosófica
(2) Krishnamurti - Coletânea de Palestras, 1931
(3) Krishnamurti - Senhor do Dia de Amanhã
(5) A Outra Margem do Caminho, pág. 56
(6) Que Estamos Buscando?, 1ª ed., pág. 184
(7) O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 84-85
(8) Que Estamos Buscando?, pág. 93-94
(9) Palestras em New York City, 1935, pág. 60 
(10) A Arte da Libertação, pág. 177- 178 
(11) Palestras no Chile e México, 1935, pág. 76-77
(12) O Egoísmo e o Problema da Paz, pág. 199
(13) Palestras no Brasil, pág. 72-73
(14) Palestras na Itália e Noruega, 1933, pág. 135 
(15) O Reino da Felicidade, pág. 62 
(16) O Reino da Felicidade, pág. 59 
(17) A eliminação do tempo psicológico 
(18) Krishnamurti - Saanen, Suiça, 30 de julho de 1964
(19) Eckhart Tolle - Um Novo Mundo - O despertar de uma nova consciência

Leia também: Despertando a inteligência integral
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill