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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Deixe de proteger sua suposta sanidade

Jesus disse:

O cisco que está no olho de teu irmão, tu vês,
mas a trave que está no teu olho, não vês.
Quando lançares fora a trave do teu olho,
então, verás claramente
para tirar o cisco do olho de teu irmão.

O conhecimento-de-si é a coisa mais difícil — não porque seja difícil, mas porque você fica com medo de saber sobre si mesmo. Existe um grande medo. Todo mundo está tentando escapar, escapar de si mesmo. Esse medo tem de ser compreendido. E, se esse medo existe, seja o que for que você faça, não vai ajudar muito. Você pensa que quer se conhecer, mas se esse medo inconsciente estiver aí, você continuamente evitará, você continuamente tentará esconder, se enganar. Por um lado, você tentará se conhecer; por outro lado, criará todos os tipos de obstáculos, de modo que não possa se conhecer.

Conscientemente, você pode pensar “gostaria de me conhecer”; mas, no inconsciente — que é maior, mais forte, mais poderoso do que o consciente —, você evitará o conhecimento-de-si. Assim, o medo tem de ser compreendido. Por que você tem medo?

Primeira coisa: se você realmente penetrar-se, a imagem que você criou no mundo se revelará falsa. Todo o seu passado passará a não significar nada, porque ele foi como um sonho. Você investiu tanto nele… você viviu por ele… e agora saber que ele foi um fenômeno falso… você se sente ferido — então, toda a sua vida foi um desperdício.

Se o que quer que você tenha vivido foi uma pseudovida, não autêntica — se você nunca amou, mas apenas fingiu amar, como você pode encarar a si mesmo?… Porque, então, você virá a saber que a coisa toda é um fingimento: não somente você fingiu que ama, você também fingiu que é feliz quando ama. Você não enganou a mais ninguém além de si mesmo. E, agora, olhar para trás, olhar para dentro… o medo o pega.

Você tem pensado que você é algo único; todo mundo pensa.  Essa é a coisa mais comum neste mundo, a pessoa se pensar extraordinária, algo especial, “a escolhida”. Mas se você olhar para si, você virá a saber que não há nada, não há nada sobre o que ser egoísta. Então, aonde vai parar o ego? Ele desabará, ruirá no pó.

O medo existe; assim, você não olha para si mesmo. Ao não olhar, você pode continuar criando sonhos sobre si mesmo, si mesma, imagens sobre si mesmo, si mesma. E é muito fácil e barato criar uma imagem, mas é muito difícil e penoso ser realmente alguma coisa. A pessoa sempre escolhe o mais barato — e você escolheu o mais barato. Agora, olhar para si mesmo é muito difícil.

(…) Criar uma imagem de que você é único, é barato, mas ser único é árduo, muito penoso. Muitas e muitas vidas de luta, empenho, muitas vidas de esforço culminam em algo, quando você se torna único. Mas acreditar que você é único é simplesmente barato, você pode fazer isso agora mesmo, não tem necessidade de se mexer. E você tem acreditado em coisas baratas — eis porque o medo existe.

Você não pode olhar para  si mesmo. Tudo o que você tem pensado ser, você não encontrará aí — e você sabe muito bem disso. Quem saberia disso tão bem quanto você sabe?

(…) Você é alguém a seus olhos. Todos os demais podem saber que você não é ninguém, mas você não. Até mesmo um louco pensa que todo mundo é louco. Todo mundo lhe diz “Você é um louco!”, mas ele não ouvirá, porque isso é muito doloroso. Ele criará todos os tipos de argumentos, de racionalizações para dizer “eu não sou louco”.

(…) É sempre o outro que está errado, que é louco. Eis como você protege sua suposta sanidade — isso é uma proteção. E uma pessoa que não pode olhar para si mesma, basicamente não pode olhar, porque ela não apenas tem medo de olhar para si mesma: basicamente, ela tem medo de olhar. Porque, quando você olha para o outro, o outro pode ser tornar o espelho; quando você olha dentro do outro, o outro pode indicar algo sobre você. Você é refletido nos olhos do outro; assim, você não pode olhar para o outro. Você cria uma ficção sobre si mesmo e, então, cria uma ficção sobre os outros; então, você vive num mundo de sonhos — é assim que todo mundo está vivendo.

E, então, você se pergunta como ser bem-aventurado. Seu pesadelo é natural: o que quer que você tenha feito, somente um pesadelo pode brotar dali. E você pergunta como ficar à vontade… Ninguém pode ficar à vontade com ficção, somente com o fato. Por mais duro que possa ser aceitar, somente o fato pode deixá-lo não-tenso, somente o fato pode conduzi-lo em direção à verdade. Se você nega o factual, então, não há nenhuma verdade para você e, então, você ficar girando e girando em torno e nunca atinge o centro.

Osho – A semente de Mostarda

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill