Se você se sente grato por este conteúdo e quiser materializar essa gratidão, em vista de manter a continuidade do mesmo, apoie-nos: https://apoia.se/outsider - informações: outsider44@outlook.com - Visite> Blog: https://observacaopassiva.blogspot.com

Mostrando postagens com marcador observador ácido. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador observador ácido. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 17 de julho de 2018

Como você observa a si mesmo?


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Da observação ácida à observação doce

Se você não está bem consigo mesmo, existem apenas dois caminhos: suportar sua inquietação ou projetá-la sobre os outros. Quando uma pessoa está internamente tensa, está pronta para lutar. Qualquer desculpa serve — o motivo é irrelevante. Ela pula sobre o primeiro que aparece: o empregado, a esposa, o filho.Como as pessoas se livram dos seus conflitos e inquietações interiores? Responsabilizando os outros. Assim, elas passam por uma catarse: tornam-se irritadas, atiram sua raiva e violência nos outros e isso lhes proporciona um alívio, um descanso. Temporariamente, é claro, porque no interior nada mudou.

O interior continuou velho e novamente acumulará. No dia seguinte, voltará a acumular a mesma coisa — raiva, ódio — e você terá de projetá-lo. A luta contra os outros existe porque você continua acumulando lixo dentro de si e necessita jogá-lo fora. Um homem que conquistou a mesmo, que se tornou um auto-conquistador, não tem conflitos internos, sua guerra cessou.

Dentro de si, existe apenas um — não dois. Tal homem nunca mais irá projetar, nunca mais lutará contra alguém. A mente usa o truque da projeção para esquivar-se do conflito interno porque esse conflito é muito doloroso — por muitas razões. A razão básica é que todas as pessoas têm uma imagem muito boa de si mesmas. E isso é tão forte que sem essa imagem elas quase não conseguem sobreviver. Os psiquiatras dizem que as ilusões são necessárias para se viver. Se você pensar que é tão ruim, tão demoníaco, tão mau; se essa imagem que é a verdadeira porque você é realmente assim — permanecer, você será simplesmente incapaz de viver. Perderá toda a autoconfiança, ficará tão repleto de auto-condenação que será incapaz de amar, não será capaz nem mesmo de se movimentar ou de olhar para qualquer outro ser humano. Sentir-se-á tão inferior, tão demoníaco, que morrerá. Esse sentimento tornar-se-á um suicídio. Mas isso é uma verdade — então, o que fazer?

O jeito é mudar essa verdade; é tornar-se um homem de Deus; não um homem do Diabo — é tornar-se Divino! Entretanto, isto é difícil, árduo. É uma dura e longa caminhada. Muito tem de ser feito. Só então o Diabo poderá tornar-se Divino. Ele pode tornar-se Divino! Talvez você não saiba que a raiz da palavra Diabo é a mesma da palavra Divino. Ambas vêm da raiz "deva", do Sânscrito. O Diabo pode tornar-se Divino porque o Divino tornou-se Diabo. A possibilidade existe; são dois pólos da mesma energia. A energia que se tornou amarga, azeda, pode tornar-se doce. É necessária uma transformação interior, uma alquimia interna — mas isto é demorado e árduo.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Como sentir unidade no meio de tanta diversidade?

O nosso mundo, teu e meu, é a imagem da nossa consciência. Se esta nossa consciência estiver repleta de verdade, então se manifestam em nosso mundo ordem, harmonia, prosperidade, paz, alegria, poder e domínio. Mas, se em nossa consciência não estiver presente a verdade, e sim conceitos de valores materiais e ideologias mundanas, então o nosso mundo assumirá o colorido do acaso, da instabilidade e do caos, que caracterizam os conceitos dos mundanos. Todas as circunstâncias refletem a atividade da consciência do respectivo homem. 

O teu mundo está contido em tua consciência; é o reflexo da tua conscientização, porque a tua consciência é que governa o teu mundo. O conhecimento que tens da verdade se torna lei para o teu mundo; mas, por outro, também o teu desconhecimento da verdade se torna lei para o teu mundo. Assim, por exemplo, não existe nenhuma lei das trevas, porquanto, como sabemos, a luz dissipa as trevas; a presença da luz é a ausência das trevas. Mas, na ausência da luz, as trevas firmariam a sua (suposta) presença. Da mesma forma, na ausência da verdade em tua consciência, estariam presentes em ti a ignorância, mentiras, ilusões, confusão e desarmonia. Por isto, em face da deficiente atividade da verdade em tua consciência, o teu mundo será o reflexo de casualidades, de sorte fortuita, de opiniões humanas, conceitos sobre medicina, convicções astrológicas. Mas a verdade, quando atua em tua consciência, se torna em lei de harmonia para a totalidade do teu mundo, e tudo que te concerne espelha essa harmonia da tua consciência. 

Suponhamos que te encontres numa sala cheia de pessoas com as quais tenhas de tratar por esta ou aquela razão, falando-lhes, instruindo-as ou trabalhando para elas. Aos teus olhos, representam essas pessoas uma miscelânea de formas e fenômenos — bons e maus, sadios e doentes, ricos e pobres. Como poderás sentir unidade no meio de tanta diversidade? Para que te sintas unido a alguma dessas pessoas, terás de entrar em contato, antes de tudo, com o espírito dentro de ti mesmo e ter consciência da tua própria inteireza; terás de sentir a presença do Pai¹ dentro de ti; e depois, com espontânea naturalidade, entrarás em contato com todos aqueles que tua consciência abrange.

Joel Goldsmith                

(¹) Pai = Princípio Amoroso Integrativo 

sábado, 7 de março de 2015

Pare de responsabilizar o mundo por suas desditas

O destemor é a qualidade de todos os iluminados e de todos aqueles que seguem o Caminho da Iluminação. A vida, para eles, perdeu seus horrores e sofrimento, seu ferrão, pois eles impregnam esta existência terrestre de um novo significado, em vez de desprezá-la e maldizê-la por suas imperfeições, como fazem todos aqueles que, nos ensinamentos de Buda, tentam encontrar um pretexto para sua própria concepção negativa do mundo. Por acaso o semblante do risonho Buda, refletido um milhão de vezes pelas inúmeras imagens em todos os países budistas, é a expressão de uma atitude antagônica à vida, tal como os atuais representantes intelectuais do Budismo (especialmente no Ocidente) tentam com frequência demonstrar? 

Condenar a vida como algo mau, antes de ter esgotado suas possibilidades de um desenvolvimento superior, antes de ter chegado a descortinar uma compreensão de seu aspecto universal e antes de ter compreendido as qualidades supremas da consciência na obtenção da iluminação, o fruto mais nobre e a realização última de toda a existência, representa um tipo de atitude não só PRESUNÇOSA e IRRACIONAL mas também completamente TOLA. Ela só pode ser comparada à atitude de um homem ignorante que, após examinar uma fruta verde, considera-a não comestível e joga-a fora, em vez de dar a ela a oportunidade de amadurecer. 

Somente aquele que alcançou o estado supra-individual da Perfeita Iluminação pode renunciar à "individualidade". Aqueles, contudo, que reprimem suas atividades sensoriais e suas funções naturais da vida, antes mesmo de ter tentado utilizá-las de MODO CORRETO, não se tornarão santos mas meramente PETRIFICADOS. Uma santidade, que se apóia simplesmente em virtudes negativas, meramente na ABSTENÇÃO e FUGA, pode impressionar a multidão e pode ser considerada como uma prova de autocontrole e de força espiritual; contudo, conduzirá apenas à AUTO-ANIQUILAÇÃO ESPIRITUAL e não à iluminação. Tal é o caminho da estagnação, da morte espiritual. Trata-se da libertação do sofrimento às custas da vida e da FAGULHA potencial da Iluminação no nosso interior. 

A descoberta dessa FAGULHA é o começo do Caminho da Iluminação, que realiza a liberação do sofrimento e dos grilhões do estado de ego, não mediante a uma negação da vida, mas através da ajuda ao próximo durante o esforço na direção da Perfeita Iluminação. (...)

Antes de emitirmos algum juízo acerca do significado da vida e da natureza real do universo, deveríamos nos perguntar: "Afinal de contas, quem é que assume aqui o papel de juiz?" A própria mente julgadora, discriminadora, não é uma parte e um produto desse mesmo mundo que ela condena? Se considerarmos nossa mente capaz de julgamento, então já concedemos ao mundo um valor espiritual, a saber, a faculdade de produzir uma consciência que vai além das meras necessidades e limitações de uma vida transiente. Contudo, se esse é o caso, não temos razão alguma em duvidar das possibilidades ulteriores de desenvolvimento dessa consciência ou de um tipo mais profundo de consciência, que se situa na própria raiz do universo e da qual conhecemos apenas uma pequena seção superficial. 

Se, por outro lado, adotamos a opinião de que a consciência não é um produto do mundo, mas que o mundo é um produto da consciência, torna-se óbvio que vivemos exatamente no tipo de mundo QUE TEMOS CRIADO e que, portanto, MERECEMOS, e que o remédio não pode estar numa "FUGA" do "MUNDO" mas apenas numa MUDANÇA DA "MENTE". Tal mudança, porém, só pode ocorrer se conhecemos a natureza mais secreta dessa mente e de seu poder. Uma mente que é capaz de interpretar os raios emitidos pelos corpos celestes, a uma distância de milhões de anos-luz, não é menos maravilhosa que a natureza da própria luz. Quanto mais magnífico não é o milagre dessa luz interior que habita as profundezas de nossa consciência!

O Buda e muitos de seus numerosos discípulos forneceram-nos uma compreensão dessa consciência mais profunda (universal). Este fato, por si só, possui muito mais valor do que todas as teorias científicas e filosóficas, pois mostra à humanidade o caminho do futuro. Assim, pode existir apenas UM problema para nós: despertar, dentro de nós mesmos, essa consciência mais profunda e penetrar naquele estado que o Buda chamou de "Despertar" ou "Iluminação". Esse é o caminho para a realização do estado-de-Buda dentro de nós mesmos. 

Lama Anagarika Govinda
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill