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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Como transcender a mente e experimentar a comunhão direta com a verdade?

Pergunta: Como pode um homem que nunca alcançou os limites da sua mente, transcender a sua mente para experimentar a comunhão direta com a verdade?

Krishnamurti: Senhor, quando você conhece os limites de sua mente, já não ultrapassou estes limites? Perceber os limites é, sem dúvida, o primeiro passo, o primeiro processo — o qual é dificílimo, uma vez que os limites da mente são extraordinariamente sutis. No saber que sou limitado, no estar cônscio disso sem condenação, já estou libertado desta limitação, não acha? Sem dúvida, se sei que sou mentiroso, se estou cônscio desse fato sem condenação, isso já é estar livre do mentir. Conhecer os limites da mente já é uma prodigiosa libertação, não acha? O perceber que estou amarrado a uma crença, já me faz livre dessa limitação; uma mente que justifica essa crença, essa prisão, defendendo-a e dizendo: “Ela me convém, necessito dela” — essa mente nunca conhecerá a sua limitação. Quando sei que estou atado, limitado por uma crença, e estou cônscio dessa limitação, sem condená-la, nem justifica-la, isso já é uma libertação da crença. Senhor, experimente isso, e verá como é extraordinariamente verdadeiro o que estou dizendo. Ter conhecimento de um problema, estar cônscio dele, significa estar livre dele; e uma mente não pode experimentar a verdade se não conhece a sua limitação. Eis a razão por que tanto importa termos o autoconhecimento. O autoconhecimento não é um alvo derradeiro, não é um fim último. Autoconhecimento significa conhecer a nossa limitação de momento a momento. A verdade que é contínua não é verdade, porque o que é contínuo nunca pode renovar-se; mas no findar há renovação. Assim, uma mente que não percebe a sua própria limitação, nunca pode experimentar a verdade; mas se a mente está cônscia de sua limitação, sem condenação, sem justificação, se está completamente cônscia de sua limitação, você verá como vem uma libertação da limitação, e nessa liberdade revela-se a verdade. “Vocês” devem cessar, para que a verdade se manifeste, porque “vocês” são a limitação. Devem, pois, compreender onde está a limitação de vocês, a extensão da limitação de vocês; devem ficar passivamente cônscios dela, e nessa passividade a verdade se manifesta. A luz não pode unificar-se com a treva. O que é ignorância não pode unir-se com a sabedoria. Cessem a ignorância que a sabedoria surgirá. A sabedoria não é um fim último, mas surge na existência quando a ignorância é dissolvida momento por momento. A sabedoria não é acumulação, que dá continuidade; a sabedoria é compreensão do problema, compreensão completa, em cada minuto, em cada segundo. Assim, a sabedoria, a realidade, não pode ser colhida na rede do tempo. Só no autoconhecimento podem ter um fim as limitações criadas pelo “eu”; e estas limitações só podem ser compreendidas de momento em momento, à medida que surgem. E cada limitação, quando a observam, traz a verdade; a cada instante percebemos o falso e percebemos o verdadeiro. Mas perceber o falso como falso, e o verdadeiro como verdadeiro, é dificílimo; requer muita clareza de percebimento. Uma mente distraída nunca pode perceber o falso como falso e o verdadeiro como verdadeiro; e para ver o verdadeiro no falso é necessário agilidade da mente, uma mente que não esteja presa por vínculo algum, por limitação alguma.

Jiddu Krishnamurti — Da insatisfação à felicidade 

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill