Se você se sente grato por este conteúdo e quiser materializar essa gratidão, em vista de manter a continuidade do mesmo, apoie-nos: https://apoia.se/outsider - informações: outsider44@outlook.com - Visite> Blog: https://observacaopassiva.blogspot.com

Mostrando postagens com marcador infelicidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador infelicidade. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

A Felicidade que não conhece razão

Aquele que resolveu suas dúvidas, e cuja mente está absorvida no Eu, não mais precisa buscar por meios de liberação. Vendo, ouvindo, tocando, respirando, comendo, ele vive contente no mundo. (...) Compreendendo que o Eu está para além da ação, faço o que quer que precise ser feito, a qualquer tempo, e vivo contente. — Ashtavakra Gita
A verdadeira felicidade não tem uma razão, está para além de explicações, não depende de circunstâncias externas. Não é a satisfação de algum desejo ou obtenção de um objetivo. Essas são satisfações de curta vida, que podem ser transformadas pelos acontecimentos externos. Então, podemos perguntar: Como pode ser isso, de onde vem essa felicidade? Logicamente, algo parece errado, se a pessoa se apega a uma explicação convencional da personalidade humana. Se o homem nada mais é do que uma máquina fisiológica, com certas necessidades fisiológicas e psicológicas que devem ser satisfeitas para que ele se mantenha "feliz", então de onde vem a bem-aventurança, que não é baseada na satisfação de nenhuma dessas necessidades? 

A resposta só pode ser que temos julgado erroneamente nossos "eus" e que a natureza inata do eu é verdadeira felicidade (Infelicidade mostra, portanto, não tanto a ausência de felicidade como o fato de que perdemos nossa verdadeira identidade, e com isso perdemos nosso caminho na vida). Ora, isso deve ser assim, porque sem o eu o homem é um mero computador — um aparelho sensório com centro de processamento de dados e biofeedback. E um computador, por mais sofisticado que seja, permanece entidade mecânica que só pode reagir mecanicamente a estímulos externos ou internos. 

O homem tem, naturalmente, uma boa quantidade dessa feição-computador em si próprio, mas também é muito mais, e só por isso podemos falar dele como ser "espiritual". Por outro lado, fosse ele simples e exclusivamente programado (condicionado) como entidade, teria o senso estético, a capacidade de apreciar a música, de sentir a beleza da natureza, dos grandes trabalhos de arte ou de uma partida de xadrez jogada com perícia? A inteligência verdadeira seria possível, a capacidade de descobrir o "novo", que fica para além de qualquer programação ou condicionamento, e, acima de tudo, poderia ele sentir a bem-aventurança que vem quando o cérebro está absolutamente tranquilo? Na verdade, é o "ruído" contínuo do nosso cérebro-computador que obscurece a compreensão da nossa verdadeira identidade com tudo quanto dela vem.

Robert Powell

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Somente uma pessoa sem alegria precisa de entretenimento

Normalmente o que consideramos como alegria não é alegria; no máximo se trata de entretenimento, e é apenas uma maneira de evitar a si mesmo, de intoxicar a si mesmo, de mergulhar em algo para que você possa se esquecer de sua infelicidade, de sua preocupação, de sua angústia, de sua ansiedade. 

Todos os tipos de entretenimento são considerados como sendo alegria, mas eles não são! Tudo o que vem de fora não é alegria, não pode ser; tudo o que depende de algo não é alegria, não pode ser. A alegria surge de sua própria essência; ela é absolutamente independente de qualquer circunstância externa. E ela não é uma fuga de si mesmo, mas realmente encontrar a si mesmo. A alegria surge apenas quando você chega em casa. 

Assim, tudo o que é conhecido como alegria é apenas o contrário, o diametralmente oposto, e não alegria. Na verdade, por não ter alegria, você procura entretenimentos. 

(...) Somente uma pessoa sem alegria precisa de entretenimento. Quanto mais o mundo ficar sem alegria, mais precisaremos de televisão, de cinema, de cidades enfeitadas e mil e uma coisas. Precisamos cada vez mais de bebidas alcoólicas, cada vez mais de novos tipos de droga, apenas para evitar a infelicidade na qual estamos, apenas para não encarar a angústia na qual estamos, apenas para, de alguma maneira, nos esquecermos de tudo. Mas, ao esquecer, nada é alcançado. 

Alegria é entrar em seu próprio ser. No começo é difícil, árduo; no começo você terá de encarar a aflição. O caminho é enorme, porém, quanto mais você penetrar nele, maior será o pagamento, maior será a recompensa. 

Quando você aprender a encarar a infelicidade, começará a ser alegre, pois, nesse próprio encarar, a felicidade começa a desaparecer e você começa a ficar cada vez mais integrado. 

Um dia a infelicidade estará presente, e você a encarará — e, de repente, a quebra: você pode perceber a infelicidade separada de você e você separado dela. Você sempre esteve separado; ela era apenas uma ilusão, uma identificação que você teve. Agora você sabe que você não é isso; então há um acesso de alegria, uma explosão de alegria. 

O S H O 

domingo, 30 de novembro de 2014

A busca da felicidade é uma busca do auto-esquecimento

Existem apenas dois tipos de pessoas: uma que está em busca da felicidade; é o tipo mundano. Pode ir para o mosteiro, mas o tipo não muda; lá, ele também pede pela felicidade, pelo prazer e gratificação. Agora, de maneira diferente — através da meditação, da prece, de Deus — está tentando ser feliz, cada vez mais feliz. Há, depois, o outro tipo de pessoa — e só existem dois tipos — a que está em busca da verdade. E isso é um paradoxo: aquele que busca a felicidade, nunca a encontra, pois ela não é possível a menos que você encontre a verdade. A felicidade é apenas uma sombra da verdade; em si mesma não é nada — é apenas uma harmonia. 

Quando você se sente uno com a verdade, tudo se agrega, tudo se harmoniza. Você sente um ritmo — e esse ritmo é felicidade. Não se pode buscá-la diretamente. 

A verdade tem de ser procurada. A felicidade é encontrada quando se encontra a verdade, mas a felicidade não é o objetivo. E se você buscar a felicidade diretamente, será cada vez mais infeliz. E sua felicidade será, no máximo, apenas um intoxicante para que você esqueça a infelicidade; é só o que vai acontecer. A felicidade é como uma droga — LSD, maconha, mescalina. 

Por que o Ocidente chegou às drogas? É um processo muito racional. Teve de chegar a elas porque, na sua busca de felicidade, mais cedo ou mais tarde chega-se ao LSD. O mesmo aconteceu antes na Índia. Nos Vedas, eles chegaram ao soma, ao LSD, porque estavam buscando a felicidade; não eram realmente buscadores da verdade. Buscavam a mais e mais gratificação — chegaram ao soma. Soma é a suprema droga. E Aldous Huxley, falando sobre a suprema droga, a ser encontrada em algum lugar no século vinte, chamou-a outra vez de 'soma'. 

Sempre que uma sociedade, um homem, uma civilização, buscam a felicidade, têm de chegar de alguma forma às drogas — porque a felicidade é a busca pelas drogas. A busca da felicidade é uma busca do auto-esquecimento; é isso o que a droga ajuda a fazer. Você esquece de si e assim não há mais miséria. Como pode haver miséria se você não está? Você está dormindo profundamente. 

A busca da verdade está exatamente na dimensão oposta: não é gratificação, não é prazer, não é felicidade, mas — Qual é a natureza da existência? O que é a verdade? Um homem que busca a felicidade nunca a encontrará — encontrará, no máximo, o esquecimento. Um homem que busca a verdade a encontrará, porque para buscá-la ele próprio terá de se tornar verdadeiro. Para buscar a verdade na existência, primeiro terá de buscar a verdade em seu próprio ser. Terá de se tornar cada vez mais atento em relação a si mesmo

Estes são os dois caminhos: o auto-esquecimento — o caminho do mundo; e a lembrança de si mesmo — o caminho de Deus. E o paradoxo é que aquele que busca a felicidade nunca a encontra; e aquele que busca a verdade e não se importa com a felicidade, encontra-a sempre. 

(...) O autoconhecimento tem que ser a única busca, tem que ser o único objetivo; porque se você conhecer todo o resto sem conhecer a si mesmo, isto não significará nada. Você pode chegar a conhecer tudo, exceto você mesmo, mas o que isso significa? Não pode ter nenhum significado — porque se o próprio conhecedor é ignorante, o que pode significar esse conhecimento, o que seu conhecimento pode lhe dar? Quando você mesmo permanece na escuridão, pode reunir milhões de luzes à sua volta mas elas não o preencherão de luz. Apesar delas você continuará na escuridão. Viverá e se moverá na escuridão. A ciência é esse tipo de conhecimento. Você conhece um milhão de coisas mas não conhece a si mesmo

Ciência é conhecimento de tudo menos de si mesmo, exceto do autoconhecimento; o próprio buscador permanece no escuro. Isso não adianta muito. A religião é basicamente auto-conhecimento. Você tem de estar iluminado por dentro, a escuridão deve desaparecer do seu interior, e então por onde quer que você ande, a sua luz interior incindirá sobre o caminho. Onde quer que você vá, faça o que fizer, tudo será iluminado pela sua luz interior. E esse movimento com luz lhe dá um ritmo, uma harmonia, que é a felicidade. Então você não tropeça, não esbarra, não tem mais conflitos. Você se move mais facilmente, seus passos são uma dança, e tudo é satisfação. Você não quer mais que alguma coisa extraordinária aconteça. Você é feliz. É simplesmente feliz no seu ser comum. 

E a menos que você se sinta feliz sendo comum, jamais será feliz. 

Você é feliz apenas por respirar, você é feliz por ser; é feliz apenas por comer, por dormir mais uma noite. Você é feliz. Agora a felicidade não deriva de nada — ela é você. Um homem que se conhece é feliz, não por qualquer razão, sua felicidade não tem causa. Não é uma coisa que lhe acontece, é toda sua maneira de ser. É simplesmente feliz. Para onde quer que se mova, leva consigo sua felicidade. Se você o atira no inferno, ele cria à sua volta um paraíso; com ele, um paraíso penetra no inferno. 

Como você é, ignorante de si mesmo, se pudesse ser jogado no paraíso, conseguiria criar um inferno, porque você carrega consigo o seu inferno. Vá onde for, isso não fará muita diferença, você terá à sua volta o seu próprio mundo. Esse mundo está dentro de você, é a sua escuridão. 

Essa escuridão interior precisa desaparecer — é isso o que significa autoconhecimento.

O S H O 

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Quando foi a última vez que você foi feliz?

Se você tem carregado um certo peso de infelicidade, uma certa cruz de angústia e de infelicidade, acaba se acostumando; esse peso é quase parte de seu ser. E, então, qualquer coisa nova será mais incômoda, pois com o novo você terá que aprender novas maneiras de ser. E a felicidade? Você esqueceu a sua linguagem. Você nem se lembra mais o que significa a felicidade; não se lembra de tê-la experimentado alguma vez. Parece que é apenas um sonho, algo muito frágil e pouco sólido para ser apanhado; você não pode segurá-lo em suas mãos e vê-lo. 

O que você quer dizer por felicidade? Quando foi a última vez que você foi feliz? Você pode lembrar-se de algum momento em sua vida em que foi realmente feliz? Você ficará surpreso, mas toda a sua vida parece um deserto. Você tem esperado... mas não experimentou a felicidade. Essa vida desértica é o que você quer dizer quando afirma: "Eu sou." Esse é o seu ego: todo esse pus, esse estado cancerígeno, toda essa doença e neurose — é a isso que você chama de "eu sou". Esse é o seu ego. 

E se eu digo: "Abandone o ego", você diz: "Como posso deixar o ego? Por que devo me entregar? Por que deveria me entregar a alguém?" Esse "eu" não é nada mais do que o seu passado. Olhe profundamente para isso, analise um pouco, e você não encontrará nada além de misérias e mais misérias... feridas, insultos, irritações, pesadelos... Mas você luta por isso. Você não está pronto para abandoná-lo; está realmente apegado. 

Entrega significa simplesmente uma compreensão: chega desse "eu", vou abandoná-lo! No momento em que você abandona o "eu", abandona também toda a hipnose em que a sociedade o forçou a entrar. No momento em que deixa o ego, está abandonando o Estado, a religião, a Igreja, a sociedade, os pais, a escola, a universidade, a civilização, a cultura; joga fora todos os condicionamentos. E, de repente, você vê surgir uma onda de felicidade e bem-aventurança em você. Ela estava lá, esperando; é só remover o peso que a fonte voltará a fluir. 

Você nasceu feliz; toda criança nasce feliz e para ser feliz, e toda essa vida é uma grande festa. Mas existem pessoas que não permitem que você seja feliz. Você já observou que, sempre que está se sentindo um pouco feliz, ao mesmo tempo você sente uma pequena culpa, como se estivesse fazendo alguma coisa errada? Se você está infeliz, não há culpas; se está feliz, há culpa, pois você deve estar fazendo algo errado.(...) As pessoas se sentem ofendidas se você está feliz; então, você se sente culpado. Ninguém perdoa um homem feliz: "Como você ousa ser feliz?"

As pessoas só permitem que os loucos sejam felizes. Se alguém ri alto e dança nas ruas, as pessoas dizem que ele é louco. Se você está feliz, só é perdoado se permitir que o chamem de louco. Se podem rotulá-lo de louco, então não se preocupam; todos riem de você, pois sabem que você é louco. Do contrário, como pode ser feliz? 

As pessoas esqueceram a própria linguagem... mas você pode recuperá-la, pois é algo seu, natural. Não se trata de nada que possa ser aprendido; você só tem que desaprender o que a sociedade colocou em você. Você tem que recuperar sua infância; tem que renascer. Foi o que Jesus disse a Nicodemos: Você terá que renascer. Tem que morrer como você é, tem que renascer. Tem que se limpar da sociedade. 

Quando você joga fora a sociedade, Deus começa a cantar uma canção para você. Ele ainda canta nos passarinhos, pois eles não têm sociedade, não têm que ir às escolas, não têm que ser cultos nem condicionados. Ele ainda canta nas árvores, pois elas ainda não criaram padres e políticos. Ele ainda canta nas ondas do mar... Exceto no homem, Deus está feliz em toda parte. Algo deu errado no homem.

O S H O em, A Divina Melodia

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Se alguém é infeliz e deseja ser feliz, isso é ambição?

Pergunta: Se alguém é infeliz e deseja ser feliz, isso é ambição?

Krishnamurti: Quando você está sofrendo, deseja ficar livre do sofrimento. Isso não é ambição, é? Isso é o instinto natural de todas as pessoas. É instinto natural de todos nós o não ter medo, o não ter dor física ou emocional. Mas nossa vida é tal que estamos constantemente experimentando dor. Eu como algo que não me faz bem e tenho dor de barriga. Alguém me diz alguma coisa e senti-me ferido. Sou impedido de fazer alguma coisa que desejo fazer e sinto-me frustrado, angustiado. Sou infeliz porque meu pai, ou meu filho, está morto, e assim por diante. A vida está constantemente influindo sobre mim, quer eu goste quer não goste, e sempre estou sendo ferido, decepcionado, tendo reações dolorosas. Assim sendo, o que tenho de fazer é compreender todo esse processo. Mas, veja você, a maioria de nós foge disso.

Quando você sofre no íntimo, psicologicamente, o que é que faz? Busca alguém para consolá-lo; lê um livro ou liga o rádio ou vai fazer puja. Isso tudo são indicações de que se está fugindo do sofrimento. Se você foge de algo, obviamente não o compreende. Mas se olhar para seu sofrimento, se o observar de momento a momento, você começará a compreender o problema nele envolvido, e isto não é ambição. A ambição aparece quando você foge de seu sofrimento, ou quando se apega a ele, ou quando o combate, ou quando gradualmente constrói teorias e esperanças em torno dele. No momento em que foge do sofrimento, o alvo para o qual você corre torna-se muito importante, porque você se identifica com ele. Você se identifica com seus país, com sua posição, com seu Deus, e isto é uma forma de ambição.

Krishnamurti em, O VERDADEIRO OBJETIVO DA VIDA

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O que é a verdadeira, a eterna felicidade?

Quando tem saúde perfeita, você não tem consciência de seu corpo, não é mesmo? Somente quando há doença, desconforto, dor, é que você toma consciência dele. Quando você é livre para pensar completamente, sem resistência, não há consciência desse processo de pensar. Só quando há atrito, bloqueio, limitação, é que você começa a ter consciência de haver um ser pensante. Da mesma forma, será a felicidade algo de que você tenha consciência? No momento da alegria, você tem consciência de estar alegre? Só quando se sente infeliz é que você deseja a felicidade; e então surge essa questão: "O que é a verdadeira, a eterna felicidade?"
Veja como a mente prega peças a si mesma. Porque se sente infeliz, angustiado, em circunstâncias precárias, etc., você quer alguma coisa eterna, uma felicidade permanente. Existirá isso? Em vez de pedir felicidade permanente, descubra como se livrar do desejo que o está roendo e criando dor, tanto física como psicológica. Quando é livre, não há problema, você não pergunta se há felicidade eterna ou o que é a felicidade. É o homem preguiçoso, tolo que, estando na prisão, quer saber o que é a liberdade; e pessoas preguiçosas e tolas lhe dirão. Para o homem o homem prisioneiro, a liberdade é mera especulação. Mas se sair da prisão, ele não especulará acerca de liberdade: ela existirá. 
Por isso, não é importante, em lugar de perguntar o que é a felicidade, descobrir por que somos infelizes? Por que a mente está paralisada? Por que nossos pensamentos são limitados, mesquinhos, acanhados? Se pudermos entender a limitação do pensamento, ver a verdade disso, nessa descoberta da verdade haverá libertação.

Krishnamurti - O verdadeiro objetivo da vida - Cultrix - pág. 111 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill