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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Não se deve rir dos ricos

Pergunta: Tenho muito dinheiro. Você pode me informar qual é a verdadeira utilidade do dinheiro? Só peço que não me aconselhe a desbaratá-lo em esmolas aos pobres. O dinheiro é um instrumento de trabalho que deve ser utilizado e não uma coisa incômoda de que devemos nos livrar.

Krishnamurti: Senhor, em primeiro lugar, como você ganha dinheiro? Como acumula dinheiro? Evidentemente pela exploração, pela crueldade, pela barbaridade. No mundo moderno, em que predomina a mentalidade de “cada um por si”, o homem tem de ser hábil, astucioso, desonesto, para acumular dinheiro. Não nos enganemos a esse respeito; ser rico implica crueldade. Senhor, não sabe que o rico não pode entrar no reino dos céus? É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha. Depois de você acumular dinheiro, o que acontece? Deseja saber como emprega-lo: ou você se torna filantropo, ou deseja gastá-lo corretamente. Isto é, você acumula dinheiro incorretamente e depois quer gastá-lo corretamente (risos). Senhores, o caso não é para rir. É isso que estamos fazendo. Não devem rir dos ricos. Vocês também querem ser ricos. Vocês acumulam e depois querem saber como empregar o dinheiro corretamente. Como isso é possível?

Suponhamos, contudo, que me tenham deixado dinheiro — o que graças a Deus não aconteceu — suponhamos que me deixaram algum dinheiro. Que vou fazer com ele? Que devo fazer depois de entrar na posse do dinheiro, como devo emprega-lo? Este é o problema. Devo dá-lo todo aos pobres e também ficar pobre, na dependência de outros? Devo guardar um pouco e dar o resto? Devo emprega-lo como um meio correto, para um fim correto? Devo colocá-lo para render? Meu problema, pois é este: tendo adquirido ou herdado essa coisa que se chama dinheiro, que devo fazer com ela? Senhor, isso depende do coração e não da mente; a mente que acumulou dinheiro nunca é generosa. É uma mente endurecida, e em tais condições é incapaz de lidar com coisas materiais do seu próprio nível. Por conseguinte, só um coração que conhece o amor pode resolver este problema, e não a mente, nem sistema algum. Se você tem amor no coração, saberá o que fazer com o dinheiro — ou dá-lo todo, porque é incômodo, ou proceder de outra maneira, de acordo com os ditames de seu coração. Todavia, conhecer os ditames de um coração afetuoso, é dificílimo, em particular aos ricos, porque nunca pensaram em tais termos de ação. Habituaram-se à crueldade, à dureza; e encarar o problema com afetuosa consideração é dificílimo. Assim, mais importante do que o dinheiro é o amor; e se vocês têm dinheiro e percebem que o coração de vocês está vazio, o problema não é, nesse caso, o dinheiro, mas o despertar as energias, o perfume, a beleza do coração; e quando os tiverem despertado, saberão como agir. Sem amor, tornar-se filantropo, meramente, constitui outra forma de exploração. Quando se tem amor, então o amor mostrará o caminho, tanto ao rico como ao pobre. Porque, Senhor, o amor é a única solução; o amor é o único caminho pela qual poderemos sair desta contradição de ser rico e saber o que fazer com a riqueza. Sem amor, o simples cogitar sobre o que fazer com a riqueza se torna outra forma de fuga de nossa miséria, nossa luta, nosso vazio.

Jiddu Krishnamurti — Da insatisfação à felicidade    

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill