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Desejo

"Deus não tem nada a ver com seus desejos.  Na verdade, Deus é experienciado somente quando você não tem mais desejos."— Osho

"Portanto, o sábio luta pela sua salvação, depois de renunciar a todo o desejo de gozos exteriores, e aspira somente entregar-se a um verdadeiro e grande Mestre, cujo ensinamento aceita com alma inabalável.(...) Somente quem é livre do grande cativeiro dos desejos, tão difícil de evitar, pode alcançar a libertação; ninguém mais o é, por mais versado que seja nos sistemas de filosofia". - Viveka Chudamani


Pelo que estamos lutando? (…) Um aspira, porventura, ao preenchimento e ao bom êxito, outro à riqueza e ao poder, outro à fama e à popularidade; desejam uns, talvez, acumular, e outros renunciar; (…) Para nos libertarmos das confusões e das misérias existentes em nós e ao redor de nós, devemos estar cônscios de nossos desejos e tendências.(1)

O sexo, a bebida, a fama, a idolatria, com toda a sua complexidade; o desejo de autopreenchimento seguido da inevitável ambição e frustração; busca de Deus, da imortalidade. Todas essas formas de íntimas exigências geram o apego, que é a origem do medo, do sofrimento e da dor da solidão.(2) 

Nosso pensamento-sentimento está colhido no processo horizontal do “vir-a-ser”; o que vem a ser está sempre acumulando, sempre adquirindo, sempre a expandir-se. O “ego”, o que vem a ser, o criador do tempo, jamais pode conhecer o Atemporal. O ego (…) é a causa do conflito e do sofrimento.(3)

As atividades do “eu” são atrozmente monótonas. O “eu” é fonte de tédio (…) Seus desejos opostos e em conflito entre si, suas esperanças e frustrações, suas realidades e ilusões, são escravizantes e, no entanto, vazias; as atividades conduzem-no ao cansaço. O “eu” está sempre subindo e caindo, sempre querendo alcançar e sendo frustrado, sempre ganhando e perdendo; e, dessa ronda fastidiosa e fútil, está sempre a procurar um meio de libertar-se. Busca fugir por meio de atividades exteriores, de soluções agradáveis, da bebida, do sexo, do rádio, dos livros, do saber, dos divertimentos, etc. (…) Seu poder de criar ilusões é enorme e complexo. Essas ilusões são por ele mesmo fabricadas, de si próprio projetadas; são elas o ideal, a idolátrica concepção de mestres e salvadores, o futuro como meio de autoglorificação, etc. Na tentativa de fugir de sua própria monotonia, busca o “eu” sensações e excitações exteriores, as quais são substitutos da negação do “eu”.(4)

Toda ansiedade e qualquer experiência que dela nasça, constituem o processo automantenedor do “eu”. Esse processo do “eu”, com seus desejos e tendências, cria o medo o daí surge a aceitação do conforto e da segurança.(5)

O desejo, por meio da memória identificante, cria o “eu” e o “meu” É o ator que assume papéis diferentes, segundo as circunstâncias (…) Enquanto não compreendermos e solvermos o desejo, causa da ignorância e do sofrimento, continuará o conflito da dualidade (…) O desejo se expressa pela sensualidade, pelo apego às coisas materiais, pela busca de imortalidade pessoal e de autoridade, de mistérios e milagres.(6)

á que somos egotistas e vivemos entre conflitos e sofrimentos, é essencial que estejamos intensamente vigilantes, porquanto, por meio do autoconhecimento, liberta-se o pensamento-sentimento dos empecilhos que ele próprio criou e que são a malevolência e a ignorância, a mundanidade e o desejo.(7) 

Que é sensação? Há um estímulo. Vê-se um rosto bonito, uma bela cor. Esse percebimento (do estímulo) é seguido pela sensação, depois é o contato, e depois o desejo, com o pensamento finalmente a intervir e a dizer: “Ah, quem me dera ter aquilo!”. E assim temos todo esse movimento - percebimento (do estímulo), sensação, contato, desejo - que é fortalecido pelo pensamento: “quero ou não quero aquilo”; “é meu” e “não é meu”... Surge então o problema de saber se pode haver a percepção de um belo rosto, de um lindo pôr-do-sol, etc., sem a interferência do pensamento, ou, por outras palavras, se será possível um estado de “não-experiência”, e apenas de percepção - que é maior do que todas as experiências. (…)Finalmente intervém o pensamento, e todo o mecanismo do prazer e da dor começa. Ora, será possível observar esse rosto sem a interferência do princípio do prazer e da dor? (…).(8)

O desejo pode fracionar-se em muitos impulsos opostos e em conflito entre si, mas tudo é sempre desejo. Esses impulsos numerosos concorrem para a formação do “eu”, com suas memórias, ansiedades, temores, etc., e a atividade total desse “eu” está limitada à esfera do desejo.(9)

Quando estamos conscientes, ficamos apercebidos de um processo dual que opera em nós - querer e não querer, desejos expansivos e desejos reprimidos. Os desejos expansivos têm a sua forma própria de vontade. Ao percebermos as conseqüências desses desejos expansivos, que tanta dor e tristeza nos causam, nasce o desejo de refreá-los, com seu próprio tipo de vontade. Assim, há conflito entre a vontade expansiva e a vontade de reprimir. Esse conflito pode criar compreensão ou confusão e ignorância. A vontade expansiva e a vontade de reprimir são a causa da dualidade, fato que não pode ser negado.(10)

Investiguemos, pois, essa questão do desejo (…) Desejo significa impulso para preencher apetites de vária natureza, que exige ação - o desejo sexual, ou o desejo de ser um grande homem, (…) de possuir um carro ou uma casa.(11)

O amor não tem nenhum problema (…) O desejo possui uma extraordinária vitalidade, (…) persuasão, impulso, alcance; todo o processo do vir-a-ser, do sucesso, está baseado no desejo - desejo que faz com que comparemos, (…) imitemos.(12)

Ora, que é que dá origem à ilusão? Não é o desejo, a vontade de buscar conforto, satisfação, salvação, (…) segurança (…)? Porque, na base desse desejo, se acha o acervo (background) do nosso condicionamento, dos inúmeros impulsos, temores, ansiedades.(13)

Enquanto houver desejo de ganho, de realização, de “vir-a-ser”, em qualquer nível que seja, tem de haver, inevitavelmente, ansiedade, sofrimento, medo. A ambição de ser rico, de ser isto ou aquilo, só desaparecerá quando perceberdes o caráter malsão, a natureza corruptora da própria ambição. No momento em que percebemos que o desejo de poder, em qualquer forma, é essencialmente mau, já não temos o desejo de ser poderosos.(14) 

É possível a um indivíduo libertar-se da avidez e viver numa sociedade que nada mais é que o resultado da avidez, da violência? (…) Afinal, a avidez se manifesta sob muitas formas - ânsia de verdade, avidez de posição, ambição de felicidade, avidez de coisas, de segurança.(15)

Tudo isso é um processo de ver o fato (…) E agora - indo mais longe - o “eu”, o observador, está experimentando a avidez? A inveja é uma coisa separada de mim, que sou o observador? E quando não existe observador, existe a palavra “avidez”? - palavra que é, em si, uma condenação. Quando não existe observador, só então há possibilidade de desaparecer aquele sentimento.(16)

A tensão produzida pela avidez, pelo temor, pela ambição, pelo ódio, é perniciosa, é causadora de males psíquicos e físicos, e, para que possamos transcender essa tensão, requer-se vigilância com abstenção de escolha.(17)

Nossa vida - a maior parte dela - baseia-se no prazer; este constitui a necessidade fundamental da vida; prazer em todas as formas: conforto, segurança, prestígio, poder, domínio, sucesso, (…) lugar mais alto - tudo isso está incluído na palavra prazer. Esse prazer gera, invariavelmente, a dor (…) Para compreender o prazer, temos de compreender, em seu todo, a questão do desejo.(18)

Vocês devem perceber que o prazer é justamente o princípio pelo qual o nosso cérebro funciona. Todos os nossos valores baseiam-se no prazer. Nossos interesses, (…) motivos, (…) princípios, tudo está essencialmente baseado no prazer.(19)

Vamos agora examinar o que é o prazer, no qual está baseada a nossa moralidade social, (…) a nossa busca, a nossa atividade? Toda essa exigência, a busca da realidade e todo esse contra-senso, apoiam-se no prazer. Vossos deuses, (…) virtudes, (…) moralidades, estão firmados no prazer. O que é, então, o prazer que todo ser humano reclama? (…) Existe também o prazer do sexo. O pensamento constrói a imagem, todos os estímulos são sustentados pelo pensamento e seu preenchimento amanhã. Dessa forma, o pensamento mantém o medo e dá continuidade ao prazer. O prazer é diferente do temor? Ou o prazer é temor? São como duas caras da mesma moeda quando se compreende a natureza do prazer, o qual também é tempo e pensamento. Uma pessoa há experimentado algo mui belo no passado (…) Então deseja que esse prazer se repita; o mesmo que quando se recorda do temor de um acontecimento passado e deseja evitá-lo..(20)

É o que fazemos. Carregamos os nossos prazeres e os nossos medos. Como ser humano, você, o “eu”, o “meu”, é a carga do medo e do prazer. E você tem medo de perder essa carga. Uma mente que compreende a natureza e a estrutura do pensamento está livre do medo. E porque ela entende o medo, compreende também o prazer, o que não significa que você não possa ter prazer. Quando você olha para uma nuvem ou uma folha, é um prazer olhá-la; a beleza de alguma coisa é um prazer, mas carregá-la para o dia seguinte gera sofrimento.(21)

Vocês têm um prazer; sexual ou trivial, e pensa nele, cria em sua mente imagens, símbolos, palavras. E, quanto mais pensa nesse prazer, tanto mais intenso ele se torna. E essa intensidade exige preenchimento. (…) Mas, não é importante reprimir o desejo, moldá-lo, sublimá-lo, porém, sim, compreendê-lo, compreender o que lhe dá substância, intensidade, urgência de preenchimento. Compreendido isso, tem o desejo significação completamente diferente.(22)

O prazer, para a maioria de nós, é de suma importância, e todos os nossos valores, e ânsias, e buscas, visam a mais prazer. (…) Prazer é gozo, deleite; também fruição sexual. Se alguma vez você olhar para o céu (…) encontrará deleite no olhar aquela nuvem, aquela luz refletida na água; há deleite em ver um belo rosto todo iluminado de sorrisos e de inocência. (…) Em tudo isso há prazer intelectual, prazer emocional, prazer físico. Mas o amor é coisa muito diferente... Ora, o prazer criou o atual padrão social. Encontramos prazer na ambição, na competição, na comparação, na aquisição de saber, na conquista de poder, posição, prestígio. E essa busca de prazer por meio da ambição, da competição, da avidez, da inveja, da posição, do domínio, do poder, é considerada respeitável. Você pode (…) ser um ente humano cruel; e a sociedade aprova isso, porque (…) ou você é o que se chama “um homem de sucesso”, cheio de dinheiro, ou é um “fracassado”, um ente humano frustrado. A moralidade social, portanto, é imoralidade.(23)

O prazer é a estrutura da sociedade. Da infância até a morte nós estamos secretamente, habilmente ou explicitamente perseguindo o prazer. Assim qualquer que seja a forma do prazer, eu penso que nós deveríamos estar muito cientes disto, porque isto irá guiar e moldar nossas vidas. Portanto é importante cada um de nós investigar de perto, suave e delicadamente esta questão do prazer, pois encontrar prazer, e então nutrir e sustentar isto, tem sido uma necessidade básica da vida e sem isto a existência torna-se sombria, tola, só e sem significado. Então você pode perguntar por que a vida não deve ser dirigida pelo prazer? Pela razão muito simples que o prazer tem que trazer a dor, frustração, tristeza e medo, e, fora o medo, a violência. Se você quer viver deste modo, viva. De qualquer maneira, a maior parte do mundo faz assim, mas se você quer estar livre da dor, você precisa entender a estrutura total do prazer.(24)

O homem que busca o conforto, não deseja a verdade: deseja apenas segurança, proteção, um refúgio onde não seja perturbado. Já o homem que busca a verdade, tem de abrir a porta às perturbações, às tribulações; porque só nos momentos de crise há o estado de alerta, há vigilância, ação. Só então aquilo que É pode ser descoberto e compreendido... Ficaremos satisfeitos com as coisas necessárias, no seu sentido exato - que é estar livre do desejo de poder - quando tivermos encontrado o imperecível tesouro interior a que chamamos Deus, a verdade, ou como vocês quiserem. Se vocês puderem encontrar essas riquezas imperecíveis dentro de vocês, se sentirão satisfeitos com poucas coisas, e essas poucas coisas podem ser fornecidas.(25)

É possível viver neste mundo sem ambição, apenas sendo o que você é? Se você começa a compreender “o que você é” sem tentar de mudá-lo, então “o que você é” sofre uma transformação. Eu penso que cada um pode viver neste mundo anonimamente, completamente desconhecido, sem ser famoso, ambicioso, cruel. Cada um pode viver muito feliz quando nenhuma importância é dada ao “eu” e isto também é parte de educação correta. O mundo inteiro adora o êxito! Ouvem-se histórias de como o rapaz pobre estudou a noite e eventualmente tornou-se um juiz, ou como começou vendendo jornais e acabou multimilionário. Somos alimentados na glorificação do sucesso. Com a conquista do sucesso existe também enorme sofrimento, mas a maioria de nós está presa ao desejo de vitória, e o sucesso é muito mais importante para nós do que a compreensão e a dissolução do sofrimento.(26)

O que você entende por felicidade? Alguns dirão felicidade consiste em se obter o que deseja. Quer um carro, e você consegue, e é feliz. Quero roupas, quero ir para a Europa e se eu conseguir, fico feliz. Quero ser o melhor político, e se eu conseguir, sinto-me feliz, se não posso conseguir, sinto-me infeliz. Portanto, o que se chama felicidade está na obtenção do que você quer, na realização ou sucesso, no tornar-se digno, no conseguir qualquer coisa que você queira. Enquanto você puder fazer alguma coisa e para consegui-la, você sente perfeitamente feliz, você não está frustrado, mas se você não puder obter o que deseja, logo começa infelicidade. Todos nós estamos preocupados com esta situação, não só os ricos e os pobres. Ricos e os pobres todos querem conseguir algo para si, para sua família, para a sociedade e se forem impedidos, impossibilitados, serão infelizes. Não estamos discutindo, não estamos dizendo que os pobres não deveriam ter o que querem. Não é esse o problema. Nós estamos discutindo para descobrir o que é felicidade, e se a felicidade é algo de que se está consciente. No momento que você está consciente de que você é feliz, que você tem tudo, isto é felicidade? O momento que você está consciente de que você é feliz, isso não é felicidade, é? Então felicidade não é uma coisa para ser perseguida, ela acontece. O momento que você está consciente de que você é humilde, você não é humilde. Então felicidade não é uma coisa para ser perseguida, ela vem. Mas se você a procurar, ela foge.(27)

Se você só tivesse uma hora de vida, o que você faria? Você não organizaria tudo o que é necessário, seus negócios, sua vontade e tudo o mais? Você não chamaria junto a sua família e amigos e pediria perdão por qualquer dano que você talvez tenha feito a eles, e perdoaria todo e qualquer dano eles talvez tenham feito a você? Você não morreria completamente para as coisas da mente, para os desejos e para o mundo? E se isso pode ser feito durante uma hora, então também pode ser feito durante todos os dias e anos que se seguem ... Tente e você descobrirá.(28)


Fonte da citações acima: 

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill