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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Não existe sentimento de separatividade na pura ação

Pergunta: Compreendo os vossos dizeres de que o homem que atingiu a meta se encontra perpetuamente agindo a partir do ponto de equilíbrio da razão e do amor, o qual é isento de esforço. Isto é, pura ação. Os indivíduos que ainda não atingiram, reagem a esta impulsão, cada um de acordo com o seu grau de entendimento. Não determinará esta reação as condições e circunstâncias dos seres iluminados que tem corpo na existência? Na verdade, não determina isto a sua própria corporificação? Se a pura ação não produzisse reação por indução, cessaria a existência física de ter lugar? Não se encontra a existência física baseada na ação e na reação? Por outras palavras, é a personalidade física do homem liberto perceptível apenas para aquele que reage; ao passo que quando este por sua vez age puramente, não terão os dois, havendo descoberto o “Ego”, em quem não existe separação, dualidade ou limitação transcendido o físico? Neste ponto, que é que o indivíduo iluminado pode perceber? Aperceber-se-á ele de duas corporificações separadas, cada uma das quais houvesse atingido e sob cuja pura ação ele reagisse? Se estas duas coisas fossem ambas perceptíveis para a consciência reacionante como duplicidade, como é que elas aparecem uma à outra?

Krishnamurti: Esta pergunta na qual existem tantas perguntas, é formulada a partir do ponto de vista da reação. Ora, eu estou falando da ação como coisa que se externa, a qual, para mim, é ação pura, ao passo que a reação se volta para o interior. Ora, esta pura ação e a resultante do perfeito equilíbrio da razão e do amor; e esta harmonia conduz à intuição, à finalidade do pensamento e à meta do sentimento. Assim, o homem que age puramente, age sempre a partir deste equilíbrio, sem olhar as circunstâncias, ao ambiente e às relações especiais. Porém, a reação depende destas coisas e volve para o interior. Não existe sentimento de separatividade na pura ação.  


Krishnamurti em Reunião de Verão, 24 de julho de 1930 
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill