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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Suas ideias sobre a vida não correspondem ao que é eterno

Tenho dito repetidas vezes que, para viver de modo verdadeiramente grande, deve-se ter pleno entendimento do propósito da vida. este pleno entendimento, do qual, unicamente, provêm as ideias verdadeiras, conduz a uma vida harmoniosa, à incorruptibilidade do pensamento e a perfeição do amor. Quero estabelecer dentro de cada um de vós o equilíbrio, a harmonia que é a verdadeira criação. 

Que é a vossa vida? Se a analisardes impessoalmente e a examinardes cuidadosamente, verificareis que a vossa vida está entravada por pequenas tiranias e angústias contínuas, por aborrecimentos, depressões, incertezas, vãs esperanças de consecução, por um implorar e um clamar, por descontentamentos e ambições infrutíferas, e prazer que termina pelas lágrimas. Este é o estado interno do homem, o de todo o ser humano: um torvelinho, uma luta continua e um esforço infindável. Qual a causa disto? Eu sustento que as vossas ideias sobre a vida não correspondem ao eterno. Vou explicar o que quero dizer com isto. Não usarei termos vagos, para o fim de acobertar aquilo que não compreendeis. 

Sustento eu que para viver com grandeza, com êxtase de propósito, necessitais colocar a raiz de vossas ideias no eterno, no perdurável. 

Para vencer esta incerteza, esta enorme luta, esta combatividade caótica, vossas ideias, vossa vida, vossa razão, vossos pensamentos, vossos afetos, devem ter o seu ser naquilo que é eterno. 

É na vossa vida diária que tendes de realizar a eternidade. É em todas as vossas ações em cada um de vossos pensamentos, em cada um de vossos sentimentos que vós, homens, deveis contemplar a eternidade. Não podeis fugir para um outro mundo em busca de felicidade. É enquanto viveis neste mundo que necessitais encontrar a verdade. É pelo processo de viverdes neste mundo que atingis a vastidão da vida. São vossos pensamentos diários, vosso amor de todos os dias, vossos atos jornaleiros que criam a luta, a angústia, o prazer, a solidão, a corruptibilidade da vida. É com essas coisas que o homem está a todo instante lutando e em sua expressão dessa luta, rouba ele a luz de outrem e cria o caos em redor de si. É somente pelo encontrar da verdade que modificais essas expressões. 

É, portanto, necessário descobrir a verdade; ela deve ser estabelecida na conduta de vossa vida, pelo modo pelo qual tratardes as pessoas, na maneira pela qual delas ajuizardes, nas ações que nascerem do pensamento e do afeto. Nesse processo somente reside a verdade. No processo de estabelecer a incorruptibilidade, de atingir a perfeição do pensamento e do amor, está a verdade. 

Não deveis fazer disto uma religião, um dogma, ou uma crença, porém, pela conduta de vossa vida deveis mostrar que compreendeis e que tendes vosso pensamento e vossos afetos radicados no eterno. 
O eterno, sustento eu, é a libertação de toda a corrupção, pois a corrupção é uma limitação. Portanto, deveis buscar a incorruptibilidade do eu, o eu que está dentro de cada um, pelo esforço individual, não coletivo, pois somente nesta incorruptibilidade do eu reside a liberdade. Liberdade do eu é verdade. Conhecimento do eu é vida eterna, é libertação, esse equilíbrio que é verdadeira criação. Pois o eu é eterno, ele não tem começo nem fim, não conhece morte nem nascimento: ELE É. O eu limitado, que existe em cada um em estado de corrupção, está buscando estabelecer essa incorruptibilidade que é a verdade. No processo de tornar esse eu incorruptível reside a libertação. Precisais entender isto e deste entendimento fazer derivar vossas ideias da vida. Então, tudo que fizerdes, sejam quais forem vossas ações, vossos pensamentos e vossos sentimentos, trarão eles a marca da eternidade. Buscais vossas razões de conduta, extrais vossas conclusões das manifestações do eu, das expressões, das sombras. Eu sustento que isto é errado e resulta no caos que vos rodeia. Porém, se quiserdes entender a verdade e estabelecer vossas ideias na verdade, deveis buscar a esse eu e torna-lo incorruptível. Somente desta verdade deveis tirar vossas ideias e viver de continuo focalizados nessa verdade

Dessa primavera eterna que é a incorruptibilidade do eu, que é vida, vossos atos, vossos pensamentos e vosso amor devem nascer. E então sereis como a chuva que desce sobre as terras estéreis, tornando todas as coisas renovadas e frescas, outorgando deleite e êxtase, destruindo aquelas perversões, aquelas ilusões que os homens tomam como realidade.

Krishnamurti, 2 de agosto de 1929 - Acampamento da Estrela de Ommen
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill