Poderia um grande milagre acontecer para que nós olhássemos através dos olhos dos outros, por um instante.” Henry David Thoreau
E se um milagre acontecesse e pudéssemos sentir o que as outras pessoas sentem, como seria?
Dentro das pessoas passam coisas que você não vê, sentimentos que você não sente. Cada um é formado por histórias, que podem conter lutas, partidas, desencontros, amores não vividos, doenças, mortes, perdas. Histórias nem sempre são bonitas, a vida nem sempre é alegria.
Colocar-se no lugar do outro é nos livrarmos de todas as verdades, princípios e valores que temos. É colocar-se no lugar do outro com a mente nua. Por um instante sentir tudo que ele sente, suas dores, seus valores, sua vida. É um processo doloroso, pois se o outro sente dor, sentirei dor. Se sente tristeza, sentirei tristeza. Sentiremos os sentimentos bons e ruins.
Assim saímos da inercia, apatia e frieza, passamos a um estágio de mais sensibilidade. Este estágio nem sempre é prazeroso, pois começamos a perceber que as pessoas sofrem mais do que imaginávamos. Mas, através disso, chegamos a uma compreensão mais profunda da humanidade.
“Empatia” surgiu da palavra grega empátheia, que significa “entrar no sentimento”. Para alcançarmos este estágio é necessário deixar de lado nossos próprios pontos de vista e valores para podermos entrar no mundo do outro sem julgamentos. A empatia é essencial nos relacionamentos, pois você começará a ouvir com a intenção de entender e não de argumentar.
A essência de escutar com empatia não é concordar, mas entender profundamente o que o outro quer dizer e principalmente, o que está sentindo. Em todo relacionamento, seja amoroso, de trabalho, familiar ou entre amigos a empatia é uma forma de minimizar conflitos e expandir a compreensão.
“Se, por um instante, você pudesse estar no lugar dos outros, ouvir o que eles ouvem, ver o que eles veem, sentir o que eles sentem, você os trataria diferente?”
Pense nisso, a empatia é um ato de amor!