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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Que entendemos por "mente" e qual a sua função?

O que temos discutido nas últimas semanas é a questão do "eu" e suas tendências. Chegamos a perceber que o "eu" é a causa fundamental de todos os males? O "eu", com todas as suas extravagâncias e ações sutis é o responsável por todos os nossos males. Todo homem inteligente deve resolver esse problema do "eu", em vez de procurar contrabalançá-lo, encobri-lo: deve compreender como, na vida cotidiana, está dando sustento, vitalidade e continuidade ao "eu". Se desejamos compreender qualquer um dos problemas mundiais, cumpre-nos, de certo, compreender todo o processo do "eu", com todas as suas complexidades, tanto conscientes como inconscientes. É o que temos discutido e considerado, sob diferentes aspectos. 

A religião organizada, a crença organizada e os estados totalitários são muito semelhantes, visto que têm o mesmo escopo de destruir o indivíduo pela compulsão, pela propaganda, por várias formas de coerção. A religião organizada faz a mesma coisa, embora de maneira diferente, e por ela sois também obrigados a crer, a aceitar, sois também condicionados. A tendência geral, tanto da esquerda como das chamadas organizações espirituais, é moldar a mente segundo determinado padrão de conduta; porque o indivíduo, quando entregue a si mesmo, se torna um rebelde. Por isso, destrói-se o indivíduo, pela compulsão, pela propaganda: é ele controlado, dominado, a bem da sociedade, do Estado, etc. As chamadas organizações religiosas fazem a mesma coisa, com a diferença apenas de que o fazem um pouco mais disfarçadamente, um pouco mais sutilmente. Porque, também lá, os indivíduos devem crer, devem reprimir, devem controlar, etc, etc. Todo processo visa a dominar o "eu", de uma ou de outra maneira. Pela compulsão, busca-se promover a ação coletiva. É esse o alvo da maioria das organizações, quer econômicas, quer religiosas. Querem ação coletiva, o que significa que o indivíduo deve ser destruído; em última análise, só pode significar isso. Aceitais a esquerda, a teoria marxista, ou as doutrinas hinduistas, budistas ou cristãs; e por essa maneira esperais promover ação coletiva. Sem dúvida, cooperação é coisa muito diferente de coerção. 

Como se promove a ação coletiva, ou, como deve ser promovida? Até agora ela tem sido promovida pela crença, pela promessa econômica de um estado de prosperidade, pela promessa de um futuro brilhante; ou o tem sido pelo chamado método espiritual, pelo medo, pela compulsão, e por vários tipos de recompensa. Não ocorre cooperação só quando existe inteligência não coletiva, nem coletiva nem individual? É sobre isso que desejo discorrer nesta tarde. 

Para estudarmos o problema com proveito, deveis descobrir qual é a função da mente. Que entendemos por "mente"?[...] 

Ao observardes a vossa própria mente, estais observando não apenas os chamados níveis superiores da mente, mas também o inconsciente: estais vendo o que a mente realmente faz. Não é assim? Essa é a única maneira em que se pode investigar. Não deveis sobrepor (ao que a mente faz) o que ela deveria fazer, como deve pensar ou como deve agir, etc. — pois isso redundaria em fazer meras afirmativas. isto é, se dizeis que a mente deve ser isto ou não debe ser aquilo, pondes termo a toda investigação e a todo o pensar; e também, se citais alguma autoridade, parais de pensar. Não é verdade? Se citais Sankara, Buda, Cristo ou XYZ, pondes ponto final à busca, ao pensar, à investigação. Assim, devemos precaver-nos a esse respeito. Deveis colocar de parte todas essas sutilezas da mente e saber que estais investigando, junto comigo, este problema do "eu".

Qual é a função da mente? Para descobrir precisais saber o que a mente está, na realidade, fazendo. Que faz a vossa mente? Ela é todo um processo de pensamento, não é verdade? 

De outra maneira, a mente não existe. Quando a mente não está pensando, consciente ou inconscientemente, quando não está verbalizando, não existe consciência. Cumpre-nos averiguar o que a mente faz — tanto a mente de que nos servimos em nossa vida diária, como a mente de que a maioria de nós não está cônscia — cumpre-nos averiguar cumpre-nos averiguar o que a mente faz com relação aos nossos problemas. Devemos examinar a mente, tal como ela é, e não como deveria ser. 

Pois bem, que é a mente, quando em funcionamento? Ela, de fato, é um processo de isolamento, não achais? Fundamentalmente, é isso o que ela é. É isso que constitui o processo do pensamento, — pensar de maneira isolada, embora permanecendo coletiva. Observando o vosso próprio pensar, vereis que ele é um processo isolado, fragmentário. Estais pensando em conformidade com vossas reações, as reações de vossa memória, vossa experiência, vosso saber, vossa crença. Estais reagindo a tudo isso. Não é exato? Se digo que há necessidade de uma revolução fundamental, reagis imediatamente. Haveis de objetar à palavra "revolução", se tendes bons "investimentos" (vantagens) — espirituais ou de outra natureza. Vossa reação, pois, depende do vosso saber, de vossas crenças, de vossa experiência. Isso é um fato bem óbvio. Há várias formas de reação. Dizeis: "Devo ser fraternal, devo cooperar, devo ser cordial, devo ser bondoso", etc. Que é isso? Só reações; mas a reação fundamental do pensar é um processo de isolamento. Não aceiteis isso prontamente, porque estamos investigando juntos. estais observando o processo de vossa mente, cada um de vós, o que significa que estais observando vossa própria ação, crença, saber, experiência. Tudo isso dá segurança, não é verdade? Dá segurança, dá força, ao processo do pensar. Como já apreciamos ontem, esse processo só serve para fortalecer o "eu", a mente — não importando que esse "eu" seja "alto" ou "baixo". Todas as nossas religiões, todas as nossas sansões sociais, todas as nossas leis, existem para o amparo do indivíduo, do "eu" individual, da ação separativa; e, do lado oposto, temos o estado totalitário. Se penetrardes mais fundo no inconsciente, vereis que lá também está funcionando o mesmo processo. Lá, somos o coletivo, influenciado por ambiente, clima, sociedade, pai, mãe, avô. Sabeis tudo isso. Lá também existe o desejo de impor, de dominar, como indivíduo, como "eu". 

Nessas condições, não é a função da mente, como a conhecemos e como funcionamos em cada dia, um processo de isolamento? Não estais em busca da salvação individual? Haveis de ser alguém no futuro; ainda nesta vida, haveis de ser um grande homem, um grande escritor. Toda a nossa tendência é para estarmos separados. Pode a mente fazer alguma coisa mais do que isso? É possível à mente não pensar de maneira separativa, de maneira egocêntrica, fragmentária? É impossível. Por esta razão, rendemos culto à mente, a mente é sobretudo importante. Não é verdade que qualquer pessoa que possui um bocadinho de sagacidade, um bocadinho de vivacidade, um pouquinho de ilustração e saber, logo se torna muito importante na sociedade? Sabeis quanto venerais os homens que são intelectualmente superiores, os advogados, os professores, os oradores, os bons escritores, os grandes explicadores e expositores! Não é verdade? Tendes cultivado o intelecto e a mente. 

A função da mente é existir isolada; de outra maneira, vossa mente não existe. Depois de cultivarmos este processo durante séculos, vemos que é impossível cooperar; economicamente e religiosamente, só somos empurrados, compelidos, tangidos pela autoridade, pelo medo. Se tal é a situação de fato, não apenas conscientemente, mas também nos níveis mais profundos, em nossos motivos, nossas intenções, nossas ocupações, como é possível qualquer cooperação? Como podemos unir-nos inteligentemente, para fazer alguma coisa? Sendo isso quase impossível, as religiões e os partidos sociais organizados forçam o indivíduo a certas formas de disciplina. Torna-se então obrigatória a disciplina tendo em vista a união e a cooperação. 

Assim, enquanto não compreendermos como transcender este pensar separativo, esse processo de exaltação do "eu" e da mente, quer sob forma coletiva, quer sob forma individual, não teremos paz; teremos constante conflito e guerras. Pois bem, o nosso problema consiste em descobrir a maneira de dissolver, de eliminar o processo separativo do pensamento. Pode o pensamento jamais destruir o "eu" — sendo o pensamento processo de verbalização e de certas reações? O pensamento não passa de reação; o pensamento não é criador; é apenas expressão verbal da criação, a que chamamos pensamento. Pode esse pensamento por fim a si mesmo? É o que estamos procurando averiguar. Penso segundo esta diretriz: "preciso disciplinar-me", "preciso identificar-me", "Preciso pensar de maneira mais adequada", "Preciso ser isto, preciso ser aquilo". 

O pensamento está forçando, impelindo, disciplinando a si mesmo, para ser alguma coisa ou para não ser alguma coisa. Não é isso um processo de isolamento? Logo, não é a inteligência integrada, capaz de funcionar como um todo e da qual, tão somente, pode provir a cooperação. Percebeis o problema, agora? Não vos estou apresentando um problema. Deveis saber que este problema é vosso, se já não o sabeis. Ele poderá ser enunciado de várias maneiras. Mas, fundamentalmente, o problema é este. 

Como chegareis a por fim ao pensamento? Ou, melhor, como chegará o pensamento ao seu fim? Refiro-me ao pensamento que é isolado, fragmentário e parcial. De que maneira ides proceder? A disciplina o destruirá? Aquilo a que chamais disciplina o destruirá? É bem evidente que não conseguistes tal resultado em todos estes longos anos; do contrário não estaríeis aqui. Cumpre-vos examinar o processo de disciplinamento, o qual é apenas um processo de pensamento, em que há sujeição, repressão, controle, dominação — tudo atingindo o inconsciente. Este se imporá mais tarde, ao ficardes mais velho. Tendo tentado a disciplina por tanto tempo, inutilmente, deveis ter reconhecido que a disciplina não é o processo capaz de destruir o "eu". O "eu" não pode ser destruído pela disciplina, porque a disciplina é um processo de fortalecimento do "eu". Entretanto, todas as vossas religiões a defendem: todas as vossas meditações, todas as vossas asserções estão baseadas nisso. O saber o destruirá? A crença o destruirá? Por outras palavras, tudo o que estamos fazendo presentemente, todas as atividades a que estamos entregues com o fim de desarraigar o "eu", darão tal resultado? Tudo isso, fundamentalmente, não é um esforço em vão, dentro de um processo de pensamento, um processo de isolamento, um processo de reação? Que fazeis, ao reconhecer, fundamental e profundamente, que o processo do pensamento não pode colocar fim a si mesmo? Que acontece? Observai-vos, senhores, e dizei-mo. Ao ficardes inteiramente cônscios desse fato, que acontece? Compreendeis, então, que toda reação é condicionada, e que, mediante condicionamento, não haverá liberdade, nem no começo nem no fim. A liberdade está sempre no começo, e não no fim. 


Ao perceberdes que toda reação é uma forma de condicionamento e que, por conseguinte, dá continuidade ao "eu", por diferentes maneiras, que sucede realmente? Precisais ter muita lucidez a esse respeito. A crença, o saber a disciplina, a experiência, todo o processo que visa ao resultado ou ao fim, a ambição, o vir-a-ser alguma coisa nesta vida ou na outra, na vida futura, — tudo isso é processo de isolamento, processo que gera destruição, sofrimento, guerras e do qual não há fugir pela ação coletiva, por mais que vos ameacem com campos de concentração, etc. Estais cônscios desse fato? Qual é o estado da mente que diz: "É exato", "Este é o meu problema", "E" justamente o estado em que me acho", "rejeitei", "Vejo o que o saber e a disciplina podem fazer, o que a ambição faz"? Há aí, por certo, um processo diferente em funcionamento.

Vemos os caminhos do intelecto: não vemos o caminho do amor. O caminho não pode ser encontrado por meio do intelecto. O intelecto, com todas as suas ramificações, com todos os seus desejos, ambições, empenhos, tem de cessar, para que o verdadeiro amor venha à existência. Não sabeis que, quando amais, cooperais, não estais pensando em vós mesmos? Essa é a mais alta forma de inteligência — não quando sois amado como uma entidade superior ou quando vos encontrais em boa situação, — o que nada é senão medo. Onde houver direitos adquiridos, não pode haver amor; só há o processo de exploração, que culmina no temor. O amor só pode começar a existir, quando a mente não existe. Por conseguinte, cumpre-vos compreender todo o processo da mente, o funcionamento da mente. Só então podereis descobrir quando se realizará a revolução fundamental.

Não podeis compreender esse processo da mente em poucos minutos ou com o ouvir uma ou duas palestras, apenas. Só podeis compreendê-lo quando há em vós mesmos uma grande revolução, profundo interesse em compreender esse descontentamento, esse desespero. Não estais, porém, em desespero. Estais bem nutrido, intelectual e fisicamente. Não vos deixais levar ao estado de desespero. Tendes sempre alguma coisa a que vos encostar. Sempre podeis fugir, ir ao templo, ler livros, ouvir uma conferência, escapar; e o homem que foge não cai em desespero. Se vos vêdes em desespero, procurais uma maneira de ficar esperançosos, de fugir para longe do desespero. Só o homem realmente inconsciente, que abandonou completamente todas essas coisas, se despojou de tudo, só esse descobrirá o que é o amor, e, sem amor, não há transformação, não há revolução, não há renovação. Só há imitação e cinzas; e tal é o estado de nossa civilização, no presente. Só quando sabemos amar uns aos outros, pode haver cooperação, ação inteligente, podemos reunir-nos no interesse de qualquer coisa. Só então é possível descobrir o que é Deus, o que é a Verdade. Ora, desejamos achar a verdade por meio do intelecto, por meio da imitação — o que é idolatria, quer os ídolos sejam feitos pela mão, quer pela mente. Só quando, pela compreensão, abandonais completamente a estrutura total do "eu", só então vem aquilo que é eterno, atemporal, imensurável; não podeis ir a ele; ele vem a vós.

Krishnamurti — Quando o pensamento cessa








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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill