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sábado, 21 de março de 2015

Qual é o futuro do homem, o futuro da humanidade?

JK: Qual o futuro da humanidade? A julgar pelo que se observa, ela está a caminho da destruição.

DB: Sim, parece ser esse o seu caminho. 

JK: Bastante sombrio, assustador e perigoso. Se alguém tiver filhos, qual será o futuro deles? Adaptar-se a tudo isso? E passar por toda essa miséria? Desse modo, a educação torna-se extremamente importante. Mas hoje, a educação é um mero acúmulo de conhecimentos.

DB: Cada instrumento que o homem inventou, descobriu ou desenvolveu esteve voltado para a destruição. 

JK: Totalmente. Os homens estão destruindo a natureza; há pouquíssimos tigres hoje em dia. 

DB: Estão destruindo as florestas e os solos agrícolas. 

JK: Ninguém parece se importar. 

DB: Bem, a maioria das pessoas estão apenas mergulhadas em seus planos de sobrevivência, mas há quem tenha planos de salvar a humanidade. Acho que há também uma tendência ao desespero, implícita no que está acontecendo agora, no fato de as pessoas não acreditarem que alguma coisa possa ser feita. 

JK: Sim. E, se pensam que alguma coisa possa ser feita, formam pequenos grupos com suas pequenas teorias. 

DB: Há aqueles que estão muito confiantes do que estão fazendo...

JK: Quase todos os primeiros-ministros estão bastante confiantes. Eles não sabem o que estão fazendo de fato!

DB: Sim, contudo há pessoas que têm muita confiança no que elas próprias estão fazendo. 

JK: Eu sei. E se alguém tem uma enorme confiança, eu acredito nessa confiança e o sigo. Qual é o futuro do homem, o futuro da humanidade? Será que alguém está preocupado com isso? Ou será que cada pessoa, cada grupo, está apenas preocupado com a própria sobrevivência? 

DB: Acho que a primeira preocupação quase sempre tem sido com a sobrevivência quer do indivíduo, quer do grupo. Essa tem sido a história da humanidade. 

JK: E essa é a razão das contínuas guerras, da constante insegurança. 

DB: Sim, mas isso, como o senhor disse, é o resultado do pensamento que, por ser incompleto, comete o equívoco de identificar o eu com o grupo, e assim por diante. 

JK: Acontece que o senhor ouve tudo isso, concorda com tudo isso, percebe a verdade de tudo isso. Mas os que detêm o poder jamais lhe darão ouvidos. 

DB: É verdade. 

JK: Eles estão criando cada vez mais miséria, o mundo está se tornando cada vez mais perigoso. Qual a utilidade de demonstrarmos que algo é verdadeiro, e que efeito tem isso? 

DB: Parece-me que, se pensarmos em termos dos efeitos, estaremos mexendo exatamente com aquilo que está por trás da preocupação — o tempo! A resposta então seria interferir rapidamente e fazer alguma coisa para alterar o curso dos acontecimentos.

JK: E, por conseguinte, formar uma sociedade, uma fundação, uma organização e tudo o mais. 

DB: Mas veja, nosso erro é sentir  que precisamos de alguma coisa, ainda que esse pensamento seja incompleto. Não sabemos realmente o que está acontecendo, e as pessoas elaboram teorias a esse respeito, mas não sabem. 

JK: Se essa é a pergunta errada, então, enquanto ser humano, enquanto integrante da humanidade, qual a minha responsabilidade, independentemente do efeito e tudo o mais? 

DB: Sim, não podemos considerar os efeitos. Mas a mesma coisa acontece em relação a "A" e "B"; "A" vê e "B", não vê. 

JK: Sim.

DB: Pois bem, suponhamos que "A" vê alguma coisa que a maior parte da humanidade não vê. Portanto, ao que parece, poder-se-ia dizer que a humanidade está, de certo modo, adormecida

JK: Ela está presa na ilusão. 

DB: Ilusão. E a questão é essa: se alguém vê alguma coisa, sua responsabilidade é ajudar os outros a despertar, libertando-os das malhas da ilusão. 

JK: Exatamente. Esse tem sido o problema. É por isso que os budistas projetaram a ideia do Bodhisatva, que é a essência de toda compaixão e espera salvar a humanidade. Isso é maravilhoso. É uma felicidade saber que alguém está fazendo isso. Mas na realidade, não faremos nada que não seja cômodo, agradável, seguro, quer psicológica, quer fisicamente. 

DB: Essa é, basicamente, a origem da ilusão. 

JK: Como fazer com que os outros vejam isso tudo? Eles não têm tempo, não têm a energia, não têm sequer a disposição. Eles querem se divertir. Como fazer com que "X" veja isso tudo tão nitidamente a ponto de dizer: "Está certo, eu entendi, vou trabalhar. E percebo que sou responsável", e tudo o mais. Acho que essa é a tragédia dos que veem e dos que não veem. 

Krishnamurti e David Bohm em, O Futuro da Humanidade
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill