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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Um novo modo de autoconhecimento

Esse modo de autoconhecimento pode ocorrer de maneira dramática, como se deu com São Paulo na estrada de Damasco, ou pode manifestar-se sem nenhum sinal exterior de drama interior. A experiência resultante, contudo, tem-se revelado semelhante por todo o mundo e através da História. Por intermédio de seus próprios testemunhos, os "iluminados" — indivíduos que vivenciaram o estado supremo de consciência — sentiram uma sensação profunda de paz em relação aos outros e de harmonia com o mundo. Eles compreendem que o universo, tal como Dante escreveu no final de A DIVINA COMÉDIA, está se movendo segundo a força do Amor. Eles percebem um plano cósmico, uma ordem moral, em relação ao caos e ao acaso aparentes do gás estelar e da poeira intergaláctica. Eles vêem, com Hamlet, "uma divindade que molda nossos propósitos". Tal é o "deus" (ou Buda, Tao, Brahma) de incontáveis religiões e filosofias. Em todos os casos, a percepção auto-envolvente de que "eu" e o "outro" estamos unidos cria homens novos ou renascidos. Ela transforma a noção desolada e desesperançada da vida em uma noção na qual todas as coisas ganham um sentido deleitável. Ela transforma a configuração absurda da existência em uma visão do mundo que dá lugar à exuberância inevitavelmente esperançosa, uma vez que o sujeito descobre o desígnio fundamental onde, anteriormente, havia apenas percepções e experiências desconexas e confusas. 

No mesmo grau de importância do autotestemunho encontram-se as observações de outros indivíduos acerca dos iluminados. Quase sem exceção, têm sido considerados santos, visionários e profetas: Jesus, Buda, Lao Tsé, Jacob Boehme, Ramakrishna, Walt Whitman, Aldous Huxley. Socialmente venerados, revelaram uma coragem, uma amabilidade, uma compaixão, uma integridade e uma santidade excepcionais. Embora tenham conservado as características do ser humano, foi-lhes reservado um lugar particularmente distinto e tornaram-se identificáveis através de uma aura — às vezes literalmente visível sob a forma de uma luz intensa — que exerce uma poderosa influência sobre os outros homens. Além disso, nunca deixam de recomendar aos demais seres humanos que se preparassem, através da oração, das boas ações, do estudo e da meditação, para receberem a benção que não pode ser imposta ou prevista; quando ocorre, ela é sempre uma surpresa. Apesar disso, sustentam que ela deve ser buscada, segundo as palavras do mandamento de Jesus: "Com todo o teu coração e com toda a tua alma e com toda a tua força e com toda a tua mente".

John White em, O mais elevado estado de consciência
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill