Se você se sente grato por este conteúdo e quiser materializar essa gratidão, em vista de manter a continuidade do mesmo, apoie-nos: https://apoia.se/outsider - informações: outsider44@outlook.com - Visite> Blog: https://observacaopassiva.blogspot.com

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A confiança é a chave que abre o terceiro olho

Por que você não quer olhar para si mesmo? O que lhe aconteceu? A menos que você esteja pronto para se defrontar consigo mesmo, você não pode se tornar um discípulo, porque um mestre não pode fazer nada se você não estiver pronto para se defrontar consigo mesmo. Ele somente pode ajudá-lo a encarar a si mesmo.

(...) Você se torna um discípulo no dia em que se esquece do que é bem e do que é mau; do que é aceito e do que não é aceito. Você somente se torna um discípulo no dia em que estiver pronto para expor todo o seu ser a si mesmo.

O mestre é apenas uma parteira. Ele o ajuda a passar por um novo nascimento, o ajuda a renascer. E o que é o relacionamento entre o mestre e o discípulo? Um discípulo tem de confiar; ele não pode duvidar. Se ele duvidar, ele não poderá se expor. Quando você duvida de alguém, você se encolhe; você não consegue se expandir. Quando duvida... Surge um estranho, então, você se fecha — você não pode ficar aberto, porque você não sabe o que aquele estranho vai fazer com você. Você não pode ficar vulnerável diante dele; você tem de se proteger, tem de criar uma armadura.

Com um mestre, é preciso abandonar a armadura completamente — esse tanto é imperativo. Até mesmo com um amante, você pode levar sua armadura um pouquinho — diante de um amado, você pode ficar não tão aberto. Mas, com um mestre, a abertura tem de ser total — caso contrário, nada acontecerá. Mesmo que você oculte apenas uma pequena parte de si, o relacionamento não existirá. A confiança total é necessária. Só então os segredos podem ser revelados; só então as chaves podem ser-lhe ofertadas. Mas, se você está se escondendo, isso significa que você está lutando contra o mestre. E, nesse caso, nada pode ser feito.

Com o mestre, a luta não é a chave, a entrega é a chave. Mas a entrega desapareceu do mundo completamente. Muitas coisas contribuíram para isso.

Por três ou quatro séculos, ensinaram o homem a ser individualista, egoísta; ensinaram o homem a não se entregar, mas a lutar; a não obedecer, mas a rebelar-se; o homem foi ensinado a não confiar, mas a duvidar.

Houve razões para isso. É porque a ciência cresce através da dúvida. A ciência é profundo ceticismo. Ela funciona não através da confiança: ela funciona através da lógica, do argumento, da dúvida. Quanto mais você duvida, mais científico você se torna. A ciência operou milagres e esses milagres são bem visíveis. A religião operou milagres maiores, mas esses milagres não são visíveis. Até mesmo quando um Buda está presente, o que você pode sentir? O que você pode ver? Ele não é visível — visivelmente, ele é só um corpo. Visivelmente, ele é tão normal quanto você; visivelmente, ele ficará velho e morrerá um dia. Invisivelmente, ele é imortal. Mas você não tem olhos para ver aquilo que é invisível, você não tem capacidade para sentir o mais profundo, o desconhecido. Eis porque somente olhos confiantes, pouco a pouco, começam a sentir e tornam-se sensíveis. Quando você confia, isso significa fechar estes dois olhos. Eis porque a confiança é cega, exatamente como o amor é cego — mas a confiança é até mais cega do que o amor. 

Quando você fecha estes dois olhos, o que acontece? Uma transformação interna acontece. Quando você fecha estes olhos que olham para fora, o que acontece com a energia que passa pelos olhos? Essa energia começa a amover-se para dentro. Ela não pode fluir dos olhos para os objetos; então, ela começa a voltar, ela vira um retorno. A energia tem de se mover, a energia não pode ficar estática — se você fecha uma saída, ela começa a descobrir uma outra. Quando os dois olhos estão fechados, a energia que estava se movendo através desses dois olhos, começa a retornar — há uma conversão. E essa energia alcança o terceiro olho. O terceiro olho não é uma coisa física: ele é exatamente aquela energia, que se move através dos olhos em direção aos objetos exteriores, agora retornando em direção à fonte. Essa energia se torna o terceiro olho, a terceira forma de se ver o mundo. Somente através desse terceiro olho um Buda é visto; somente através desse terceiro olho um Jesus é percebido. Se você não tem esse terceiro olho, Jesus estará presente, mas você não o verá... — muitos o perderam.

OSHO
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill