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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Nunca se teme o desconhecido; teme-se o acabar do conhecido.

O organismo tem um fim, obviamente. O homem pode viver cerca de noventa anos, e se os cientistas descobrirem algum medicamento talvez possa viver cento e cinquenta — mas sabe Deus porque é que se quer viver até aos cento e cinquenta, da maneira como vivemos! Mas mesmo assim, mesmo que se possa chegar aos cem anos, o organismo deteriora-se, porque vivemos de modo completamente errado: em conflito, com medo, em tensão, a matar animais e seres humanos. Que desordem fazemos das nossas vidas! A velhice torna-se portanto uma coisa terrível!

No entanto, há sempre morte — morte para os jovens, para os de meia-idade ou para os velhos. Que entendemos nós por morrer, à parte a morte física, que é inevitável? 

A morte tem um sentido mais profundo do que o simples acabar do organismo físico: o de psicologicamente chegar ao fim — o súbito acabar do "eu", do "você". Este "eu", este "você", que acumula conhecimentos, que sofre, que vive com lembranças agradáveis e dolorosas, com todo o esforço penoso do conhecido, com os conflitos psicológicos, com as coisas que não compreende, com as coisas que quis fazer e que não fez. A luta psicológica, as lembranças, o prazer, as dores — tudo isso acaba. É disso realmente que se tem medo e não do que está além da morte. Nunca se teme o desconhecido; teme-se o acabar do conhecido. E o conhecido é a nossa casa, a nossa família, a nossa mulher, os nossos filhos, as nossas ideias, os nossos livros, os nossos móveis, as coisas com que nos identificamos. Quando isso acaba, a pessoa sente-se completamente isolada, sozinha — é disso que se tem medo. Isso é uma forma de morte e essa é a única morte. 

Ao compreendermos isso — não de maneira teórica, mas realmente — ao compreendermos que se tem medo de perder tudo o que se possui ou se criou, ou aquilo para que se trabalha, perguntamos: ""Não será possível morrer psicologicamente todos os dias, para que a mente seja fresca, jovem e inocente em cada dia?"  Façam-o realmente e verão que coisas extraordinárias acontecem. Então, a mente torna-se inocente, o que uma mente envelhecida, embora cheia de experiências, nunca é. Só a mente que abandona os seus fardos todos os dias, que todos os dias põe fim aos seus problemas, é inocente. Então a vida ganha um sentido totalmente diferente. Então pode-se descobrir o que é o amor.

Krishnamurti em, O mundo somos nós
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill