A mente nunca entende. Com a mente não há compreensão. O entendimento é um fenômeno totalmente diferente em você: ele acontece somente na não-mente. A mente finge entender e nada entende. Ela é uma grande enganadora. Você somente pode entender quando puder começar a perceber e a sentir; você somente pode entender quando se der conta de algo. A mente terá de ser colocada de lado. Este é o significado de ser um sannyasin: você coloca sua mente de lado e lentamente começa a se mover em direção a algo que de modo nenhuma é a mente.
O que é a mente? O passado, o aprendizado, o conhecimento que foi entulhado em você. A mente é um computador. A sociedade, os pais, os políticos e os sacerdotes a usaram; eles colocaram mil e uma coisas em você — essa é a sua mente, mas não é você! Você é a testemunha. Você não é o pensamento, mas aquele que perceber o pensamento passar rapidamente. Observe... quando um pensamento surge em você, você é o pensamento?
Você está sentido raiva, amor ou compaixão e pensamentos estão surgindo em você — pensamentos de raiva, amor ou compaixão, e há uma multidão deles passando, o tráfego de pensamentos. Você é esse tráfego? Então, quem é aquele que percebe? Então, quem está olhando para esse tráfego? O espectador não pode ser parte do tráfego, ele precisa ser transcendental ao tráfego. Você não pode ser a coisa que está vendo. Aquele que vê nunca pode ser o visto. O meditador nunca pode ser aquilo sobre o que se medita. Quando você começa a observar sua mente e seus pensamentos, surge em você uma consciência totalmente nova: você se torna uma testemunha, um espelho. Esse espelho compreende. A compreensão é parte desse espelho.
A mente é uma simuladora, ela é hipócrita, enganadora, uma farsa. Sem compreender coisa alguma ela insiste em lhe dizer: "Eu compreendo. Olhe, sei isso, li aquilo, pensei a respeito."
Você sempre terá dificuldade para entender, se você não abandonar a mente. A mente precisa cessar para a compreensão existir.
OSHO
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