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sábado, 8 de novembro de 2014

A mente é um subproduto social; não é você!

Para mim, a mente é aquilo que foi dado a você. Não é sua. Mente significa o emprestado, significa o cultivado, aquilo que a sociedade inoculou em você. Não é você. Consciência é a sua natureza; a mente é apenas o círculo criado em torno de você pela sociedade; é a cultura, a sua educação. 

Mente significa o condicionamento. Você pode ter uma mente hindu, mas não pode ter uma consciência hindu. Você pode ter uma mente cristão, mas não pode ter uma consciência cristã. A consciência é una; não é divisível. As mentes são muitas porque as sociedades são muitas, as culturas, as religiões são muitas. Cada sociedade, cada cultura cria uma mente diferente. A mente é um subproduto social. E, a menos que essa mente seja dissolvida, você não pode ir para dentro, não pode conhecer a sua natureza real, o que é autenticamente a sua existência, a sua consciência. 

O esforço em direção à meditação é um combate à mente. A mente nunca é meditativa, nunca é silenciosa. Portanto, dizer 'mente silenciosa' não tem sentido, é um absurdo. É como dizer "doença saudável!" Não faz sentido. Como pode existir uma doença saudável? Doença é doença, e saúde é ausência de doença. 

Não existe nada semelhante a uma mente silenciosa, Quando há silêncio, não há mente. Quando há mente, não há silêncio. A mente, como tal, é o distúrbio, a doença. Meditação é o estado de não-mente. Não de uma mente silenciosa, não de uma mente sã, não de uma mente concentrada, não. Meditação é o estado de não-mente: nenhuma sociedade dentro de você, nenhum condicionamento. Só você, com a sua consciência pura. 

No Zen dizem: Descubra a sua face original. A face que você usa não é original; é cultivada. Não é a sua face; é somente uma fachada, um estratagema. Você tem muitas caras, a cada momento você muda de cara. Está sempre mudando. A mudança já se tornou tão automática, que você nem nota, nem observa. 

Quando você encontra o seu empregado, você usa um rosto diferente daquele que usa quando encontra o seu patrão. Se o seu empregado está sentado à sua esquerda e o seu patrão à direita, você tem duas faces. A face esquerda é para o empregado, a face direita é para o patrão. Você é duas pessoas simultaneamente. Como poderia mostrar a mesma face para o empregado e para o patrão? Um dos seus olhos possui certa qualidade, um olhar determinado. Seu outro olho possui uma qualidade diferente, um olhar diferente. Um está dirigido para o patrão e o outro está dirigido para o empregado. Isso se tornou tão automático, tão mecânico, tão robotizado que você está sempre mudando a sua face; você tem múltiplas faces e nenhuma delas é original. 

No Zen se diz: Descubra seu rosto original, o rosto que você possuía antes de nascer, ou o rosto que terá depois de morto. Qual é esse rosto original? O rosto original é a sua consciência. Todos os outros são frutos da sua mente. 

Lembre-se bem de que você não tem apenas uma mente; você possui multimentes. Esqueça o conceito de que todo mundo possui uma única mente. Você não tem, você tem muitas: uma multidão, uma multiplicidade; você é polipsíquico. Pela manhã você tem uma mente, à tarde, outra e, à noite, ainda outra. A cada instante você tem uma mente diferente. 

A mente é um fluxo: fluvial, flutuante, cambiante. A consciência é eterna, uma. Não é diferente de manhã, não é diferente à noite. Não é uma quando você nasce e outra quando você morre. É sempre a mesma, eterna. mente é fluxo. Uma criança possui uma mente infantil, um velho possui uma mente velha; mas uma criança ou um velho possuem a mesma consciência, que não é infantil, nem velha. Ela não pode ser diferente. 

A mente se move no tempo e a consciência vive na atemporalidade. Não são uma coisa só. Mas estamos identificados com a mente. Continuamos dizendo, insistindo: "minha mente. Eu penso desse jeito. Esse é o meu pensamento. Esta é a minha ideologia." Você perde o que realmente é por causa dessa identificação com a mente. 

Dissolva esses vínculos com a mente. Lembre-se de que suas mentes não são verdadeiramente suas. Foram dadas a você por outros: seus pais, sua sociedade, sua universidade. Foram dadas a você. Jogue-as fora, fique com a consciência única que é você — pura consciência, inocência. É assim que passamos da mente para a meditação. É assim que saímos da sociedade, do exterior para o interior. É assim que se passa do mundo feito pelo homem, de maia, para a verdade universal, a existência. 

É isto que estamos fazendo aqui: jogando a mente fora. Quando insisto: "Fique louco" — estou lhe dizendo: "Jogue a mente fora". Quando digo: "Passe por uma catarse" — estou dizendo, "Jogue fora tudo o que a sociedade lhe deu e fique apenas com o que você é. Não com o que lhe tem sido dado, mas com o que você nasceu — sua natureza". 

Jogue fora as ambições, as repressões, as idéias, as atitudes, os conceitos. Seja simples, como uma criança, inocente, e então você penetrará numa dimensão diferente. Então você pode penetrar no desconhecido. Eis por que a verdade não pode ser conhecida através da mente. A mente significa o passado e a verdade significa o eterno presente; portanto, você não pode aproximar-se da verdade através da mente. A mente é a barreira, o único obstáculo. 

Osho em, A Nova Alquimia 

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill