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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Sobre o processo de automatização de seres humanos

Que unidade de infecção mental principal do ambiente é absorvida e internalizada? Uma sociedade, geralmente, dá aos seus membros, além de linguagem e rótulos comuns, um conjunto de articulações e justificações oferecendo as razões pelas quais se espera que os membros SE AJUSTEM ao código, preconceitos e cerimonias daquela sociedade. Tensão social, coerção e COMPULSÃO DE CONFORMAR-SE apelam mais a mente imaturas, especialmente quando reforçadas por satisfações substitutas, como expectativas utópicas, auto-adulação ou ódio internalizado sob a forma de preconceito e bode-expiatório. Em outras palavras, o contágio mental comum de agressão, excitação e depreciação dos de fora é com frequência muito eficaz para ajudar pessoas A SE DESABAFAREM. Em todo esse atoleiro, onde fica o núcleo infeccioso?

(...) Estrategistas tirânicos, quando recrutam dóceis seguidores, fazem pleno uso dessa tendência passiva que as pessoas têm para REGREDIR sob terror e tensão. A Alemanha nazista deu origem ao "perfeito robô humano" — aquele que podia matar a uma ordem, sem o menor sentimento de responsabilidade moral pessoal por seus atos. O homem em regressão torna-se uma coisa em lugar de um "ser". NÃO É MAIS CAPAZ DE OBSERVAR E EXAMINAR.

(...) A automatização de seres humanos, o impulso para o robotismo e instituições computadorizadas, promove o contagioso HÁBITO de difundir desconfiança, mútua no mundo. Porque desconfiança é tão contagiosa? Na patologia estamos muito familiarizados com este conceito de fácil contaminação de pessoas por sentimentos de desconfiança e perseguição. Nesse sentido pequenos grupos fechados podem de repente comportar-se de maneira quase psicótica. Desconfiança profunda leva pessoas a voltarem involuntariamente a um estado INFANTIL INSTÁVEL sem fronteiras protetoras do ego e SEM NOÇÃO da diferença entre qual sentimento é PROVOCADO DE FORA e qual é PROVOCADO DE DENTRO. Delírios paranoicos de GRANDEZA e delírios de perseguição são muito semelhantes. Parece plausível explicá-los com base na falta de capacidade do homem para diferenciar entre seu mundo interior e exterior.

(...) Ser um robô, ser um dente da engrenagem, dá ao homem o sentimento de ser novamente um bebê indefeso e vulnerável. Desconfiança e prevenção, inveja e rivalidade tornam-se então as amargas unidades infecciosas que prendem o homem a suas reações à insegurança e ao desconhecimento, e a seus sentimentos de fraqueza. Contudo, ao culpar os outros, ele se torna vulnerável, e ainda mais, suspeito.

Paranoização coletiva e regressão infecciosa de massa são quase sinônimos. Se o mundo chegar um dia a um holocausto nuclear, será porque a nossa civilização não foi capaz de controlar a necessidade que o homem tem de regressão e ódio irracional. Não podemos negar que vive em todos nós a reação potencial de desconfiança paranoide. Felizmente, para nós, ela geralmente é manifestada apenas por pequena minoria da população. No entanto, o terror instilado por minorias e extremistas é capaz de dar início ao caos e a revolução. De fato, o cruzamento consanguíneo de desconfiança e ressentimento pode levar a comunidade a um furo suicida e homicida.

(...) As pessoas estão mergulhadas em um mar de engenhos tecnológicos. Não podem mais compreender para que são todas essas coisas. Só sabem que os multiformes engenhos de comunicação estão enfiando seu nariz na vida privada dos indivíduos. A televisão hipnotiza o microcosmo da sala de estar, o telefone espanta com toques de campainha os últimos vestígios de silêncio e a publicidade seduz-nos hora após hora. A espada recém-eletrificada de Dámocles pende sobre o homem moderno.

(...)Desde o início de nossos dias recebemos de nossos pais e do ambiente grandes pedaços e peças de informação que se combinam para formar nossa experiência, que por sua vez condiciona nosso comportamento... Geralmente não temos consciência dessa sutil modelagem de nossos sentimentos e pensamentos pelo ambiente, por todos os amigos e parentes que nele existem. Quanto a controle psicológico remoto, o fato é que ele pode ser fortalecido quando é dada forte ênfase social à intrusão na vida privada. Modernos aparelhos eletrônicos de espionagem e sistemas de telegravação são apregoados vigorosamente a fim de seduzir pessoas a tornarem-se bisbilhoteiros eletrônicos — indivíduos que desejam saber o que está se passando nas fendas da mente alheia.

Joost A.M. Merloo
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill