Por que parentes amigos e, inclusive nós mesmos,
não apoiamos o processo da crise e emergência espiritual?
(...) Considerando a natureza e o potencial positivos das experiências de pico, pode parecer confuso que elas se tornem uma fonte de crise espiritual. A principal razão para essas complicações é a falta de conhecimento sobre os estados incomuns de consciência na cultura ocidental. Como resultado, somos incapazes de reconhecer o valor desses experiências, de as aceitar e de as apoiar. A opinião que prevalece na psiquiatria tradicional e entre o público geral é a de que quaisquer desvios da percepção e do conhecimento da realidade comum são patológicos, Nessas circunstâncias, um ocidental comum, ao passar por um estado místico, tenderá a questionar sua sanidade mental e a resistir à experiência. Os parentes e os amigos apoiarão, muito provavelmente, essa atitude e irão sugerir ajuda psiquiátrica. Muitas pessoas, durante uma experiência de pico, foram mandadas a psiquiatras que lhes deram rótulos patológicos, interrompendo suas experiências com medicação tranquilizante e atribuindo-lhes o pale de pacientes psiquiátricos por toda a vida.
(...) Para um observador desinformado, as experiências do indivíduo envolvido em um processo de "renovação" são vistas como algo estranho e extraordinário, que pode parecer lógico atribuí-las a algum processo estranho ou a uma doença séria que esteja afetando o funcionamento do cérebro.
Christina Grof — A tempestuosa busca do ser