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sábado, 9 de agosto de 2014

A psicologia da renúncia da ação autocentrada

(...)Existem forma objetivas de melancolia, nas quais a falta de significado racional do universo, e da própria vida, é o fardo que oprime o homem... Assim sendo, existem elementos distintos na conversão... Algumas pessoas, por exemplo, nunca são, e possivelmente nunca serão, convertidas, sejam quais forem as circunstâncias. As ideias religiosas não podem tornar-se o centro de sua energia espiritual... Ou são incapazes de imaginar o invisível; ou então, na linguagem da devoção, são sujeitos de "aridez" e "secura" perpétuas. Em alguns casos, a inaptidão para a fé religiosa é de ORIGEM INTELECTUAL. Suas faculdades religiosas são contrariadas, na tendência natural de expandir-se, por exemplo, por crenças inibidoras acerca do mundo, crenças pessimistas e materialistas, dentro das quais tantas boas almas, que em outros tempos teriam dado largas às propensões religiosas, se encontram hoje em dia enregelados; os vetos agnósticos à fé como algo fraco e vergonhoso, sob os quais tantos dentre nós permanecemos hoje acaçapados, com medo de usar nossos instintos. Muitas pessoas NUNCA superam tais inibições. Até o fim de seus dias recusam-se a acreditar, sua energia pessoal nunca chega ao centro religioso, e este último se queda inativo para sempre.

(...)Existem homens insensíveis do lado religioso, deficientes nessa categoria de SENSIBILIDADE. Assim como um organismo exangue, nunca poderá, a despeito de toda a boa vontade, alcançar os "espíritos animais" arrojados, desfrutados pelos de temperamento sanguíneo; assim a natureza espiritualmente árida ADMIRA e INVEJA a fé em outros, mas jamais conquistará o entusiasmo e a paz de que gozam os temperamentalmente qualificados para a fé. É possível, porém, que tudo isso se revele, finalmente, uma questão de temporária inibição. Até num estado subsequente da vida pode ocorrer algum degelo, alguma libertação, algum raio pode ser despendido de volta contra o PEITO MAIS ÁRIDO, e o CORAÇÃO DURO do homem se suaviza e rompe num SENTIMENTO religioso. Tais casos, mais do que quaisquer outros, dão a ideia de que a SÚBITA CONVERSÃO se operou por milagre. Enquanto eles existirem, não devemos imaginar-nos tratando com classes irrecuperavelmente fixas.

(...)Quando o novo centro de energia pessoal fica incubado subconscientemente por tanto tempo que está PRONTO para florir, "TIRE AS MÃOS" é a única palavra para nós; ELE PRECISA DESABROCHAR SOZINHO!

(...)Apenas de duas maneiras podemos desfazer-nos da raiva, da ansiedade, do medo, do desespero ou de outras afeições indesejáveis. A primeira é saltar sobre nós de forma avassaladora uma afeição oposta, e a outra é ficarmos tão exaustos da luta que temos de parar — e, dessa forma, cair, desistir e NÃO NOS INCOMODARMOS mais. Nossos centros cerebrais emocionais entram em greve e nós deslizamos para uma apatia temporária. Ora, existem provas documentais de que esse estado de exaustão temporária faz parte, não infrequentemente, da crise de conversão. Enquanto a preocupação egoísta da alma enferma fica de guarda à porta, a confiança expansiva da alma cheia de fé NÃO PODE ENTRAR. Basta, porém, que a primeira desmaie, nem que seja por um momento, para que a segunda aproveite a oportunidade e, tendo TOMADO POSSE, conserve-a... Passa-se do eterno Não ao eterno Sim através de um "Centro de Indiferença".

(...) Numa grande proporção de relatos, talvez a maioria deles, os autores falam como se a exaustão da emoção inferior e a entrada da emoção superior fossem simultâneas, mas com a mesma frequência falam como se a superior expelisse ativamente a inferior. Isso é indubitavelmente verdadeiro em muitíssimos casos, como logo veremos. Não raro, porém, parece haver poucas dúvidas de que ambas as condições — o amadurecimento subconsciente de uma afeição e a exaltação da outra — conspiram simultaneamente, em ordem a produzir o resultado.

(...) Mas não há dúvida alguma de que existem pessoas nas quais, independentemente de qualquer exaustão de capacidade sentimental do Sujeito, ou até na ausência de qualquer sentimento anterior agudo, a condição superior, tendo alcançado o devido grau de energia, rompe através de todas as barreiras e precipita-se, impetuosa, como torrente súbita. estes são os casos mais notados e memoráveis, os casos de conversão instantânea a que a concepção da divina graça está mais peculiarmente ligada.

Willian James — As Variedades das Experiências Religiosas

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill