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sábado, 5 de abril de 2014

O homem é um escravo desejante

O homem nasce um escravo, e permanece um escravo por toda a sua vida: um escravo dos desejos, da luxúria, um escravo do corpo, da mente — mas dá no mesmo, a escravidão continua. Desde o momento em que você nasce, até o momento em que você morre, é uma longa luta contra a escravidão. E a religião consiste em se ser livre. Religião é liberdade, liberdade de toda escravidão. Mas o homem continua brincando com ele mesmo, vai se enganando, porque assim é mais fácil. 

Ser completamente livre é muito difícil. Será necessária uma cristalização dentro de você, será necessário um centro. E neste exato momento, não há nenhum centro em você, você não é um ser cristalizado — você é apenas um caos. Você pode ser como uma assembleia, mas não é como um indivíduo. Às vezes um desejo toma conta de você e, então, ele se torna o presidente da assembleia, Apenas alguns minutos depois o presidente se vai, ou é descartado; então, um outro desejo toma conta de você. E você fica identificado com cada desejo; você diz: "Eus sou isto". 

Quando o sexo assume a presidência, você vira o sexo; quando a raiva assume a presidência, você vira a raiva; quando o amor assume a presidência, você vira o amor. E você nunca se lembra do fato de que você não pode ser isto ou aquilo — sexo, raiva, amor. Não! Você não pode ser, mas você fica identificado com a cadeira da presidência, seja o que for que tenha o poder no momento, você se identifica com aquilo. E esse presidente vai mudando, porque depois que um desejo é preenchido temporariamente, ele é expelido da cadeira. Então, um outro que esteja nas cercanias — sedento, faminto, exigente, vira o presidente. E você fica identificado com cada desejo, com cada escravidão. 

Esta identificação é a raiz casual de toda a nossa escravidão e, a menos que essa identificação desapareça, você nunca será livre. Liberdade significa o desaparecimento da identificação com o corpo, com a mente, com o coração, seja como for que você queira chamar. Esse é o fato básico a ser compreendido: que o homem é um escravo, nasce um escravo, nasce chorando e gritando pela satisfação de alguns desejos. A primeira coisa que uma criança faz quando nasce é chorar. E isso permanece por toda a vida — chorando por isto ou aquilo. A criança chora por leite; você pode estar chorando por um palácio, ou por um carro, ou por outra coisa, mas o choro continua. Ele para somente quando você está morto. 

Toda a vida é um longo choro — eis porque há tanto sofrimento. A religião lhe dás as chaves para torná-lo livre, mas se ser um escravo e sendo a vida de escravidão conveniente, confortável, você cria religiões simuladas, que não lhe darão nenhuma liberdade, que simplesmente lhe darão um novo tipo de escravidão. Cristianismo, hinduísmo, budismo ou islamismo, como são — organizados, estabelecidos —, são novas espécies de aprisionamento. 

Jesus é liberdade, Maomé é liberdade, Krishna é liberdade, Buda é liberdade, mas não o budismo, não o islamismo, não o cristianismo, não o hinduísmo — eles são simulações. Assim, uma nova escravidão nasce: você é apenas um escravo dos seus desejos, dos seus pensamentos, dos seus sentimentos, dos seus instintos, mas você se torna escravo de seus padres. Mais escravidão acontece a partir das suas religiões simuladas, e nada muda em você.

O S H O — A semente de mostarda

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill