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terça-feira, 11 de março de 2014

Abandonar a cabeça é uma das coisas mais difíceis

Estou aqui vivendo num mundo alienígena e estranho. Gostaria de dar a vocês muitas coisas mas não posso, porque vocês próprios resistiriam. Gostaria de fazê-los perceber muitas coisas em seus seres, mas vocês se voltariam contra mim. Tenho que ir muito devagar, tenho que contornar; isso não pode ser feito diretamente.[...]

Muitas pessoas começaram sua jornada para Deus, para a verdade, para o samadhi, porque em algum lugar tiveram um vislumbre. Talvez através de drogas, através de um orgasmo sexual, através da música, ou às vezes acidentalmente. Às vezes, alguém cai de um trem, bate a cabeça e tem um vislumbre. Não estou dizendo para fazer disso um método! Mas sei que isso já aconteceu. Em certo centro do cérebro é atingido por acidente e a pessoa tem um vislumbre, uma explosão de luz. JAMAIS SERÁ A MESMA; agora começará a buscar por AQUILO. ISSO é possível. O provável não é mais provável, torna-se possível. Agora a pessoa tem alguma alusão, algum contato. NÃO PODE MAIS REPOUSAR[...]

Isto é tudo o que posso dizer a você. Você precisa provar o estado de não-mente, o estado de ser. É melhor do que todas as palavras juntas.

O mundo do ser é o único mundo real, o mundo da verdade. E, a menos que você chegue nele, continuará vagando por terras estranhas. Nunca chegará em casa. Você só chega em casa quando chega ao mais profundo centro do seu ser — o que É possível. É difícil, mas não impossível; é árduo, mas não impossível. É com certeza muito difícil, mas acontece. Aconteceu a mim, pode acontecer a você.

Mas não se prenda a remédios baratos. Não tente trapacear, seja quimicamente, seja como for. Não tente pegar conhecimento emprestado. Não fique acumulando.

Já está aí, os acúmulos apenas o ocultam. Já está aí. Quando você parar de acumular e jogar fora todo o lixo que tem acumulado dentro de si — é o que a sua mente é: lixo. Se você se livrar desse lixo, de repente está presente, em sua absoluta pureza, em sua absoluta beleza, em sua absoluta benção.[...]

Correndo para a dimensão do ter, só acontece uma coisa — você perde o seu ser. A vida é uma grande oportunidade, uma grande oportunidade. Na verdade, existem milhares de oportunidades nela para se alcançar a si mesmo, para saber quem se é. Mas este caminho é o mais difícil. Você tem que trabalhar por ele.

Não tente pedir emprestado. Nada pode ser emprestado no mundo interior. E não tente ser apenas uma pessoa de conhecimento. Alcance a clareza, alcance a visão na qual não existe nenhum pensamento em sua mente. Esta é a coisa mais árdua do mundo. Abandonar os pensamentos é a coisa mais árdua do mundo, é o maior desafio. Todos os outros desafios são pequenos. Esta é a maior aventura que você pode ter, e os que são corajosos aceitam o desafio e lançam-se a ele.

O maior desafio é o abandono da mente, porque só quando a mente cessa Deus pode existir. Só quando o conhecido desaparece, o desconhecido pode entrar. Só quando não há mente, não há você, não resta nada de você, de repente lá está o que você esteve buscando. Deus está quando você não está. Esta é a coisa mais difícil de se fazer[...]

Lembre-se, a mente nada mais é do que tudo o que você juntou até agora. É tudo o que você tem dentro do ser ser. Além da mente está o ser real, além do ter está o ser real. Por fora, você colecionou coisas, por dentro, juntou pensamentos — ambos estão na dimensão do ter. Quando você não está mais ligado às coisas nem aos pensamentos, de repente — o céu aberto, o céu aberto do ser. E essa é a única coisa que vale a pena ter e a única coisa que você realmente pode ter.[...] 

Abandonar a cabeça é uma das coisas mais difíceis porque você está identificado com ela. Você é a cabeça! Os seus pensamentos, as suas ideologias, a sua religião, a sua política, as suas escrituras, o seu conhecimento, a sua identidade — tudo está em sua cabeça. Como pode abandoná-la? Imagine-se abandonando a cabeça. Quem será você? Sem a cabeça você não é ninguém. É preciso crescer em compreensão. Só quando se pode desenvolver uma nova cabeça acima desta, é que é possível abandonar esta cabeça. Este é todo o esforço da meditação — ajudar a desenvolver uma nova cabeça, uma cabeça nova que não precise de pensamentos, não precise de ideologias; que seja percepção pura, que seja suficiente em si mesma; que não necessite de influências externas para viver; que viva a partir de seu próprio centro interior. Quando você tiver desenvolvido uma nova cabeça, a velha será facilmente abandonada. Desaparecerá por ela mesma.

O S H O
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill