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domingo, 1 de dezembro de 2013

Em busca de uma Consciência de firmeza Unitária


Frustração é esta uma das palavras e coisas mais frequentes, no mundo de hoje, sobretudo no mundo feminino. Fulana se sente frustrada sexualmente; sicrana sofre de frustração emocional; beltrano é vítima de frustração existencial.

FRUSTRUM — não nos esqueçamos — é a palavra latina para a "PEDAÇO", "FRAGMENTO". De maneira que "frustrado" quer dizer literalmente DESPEDAÇADO", "FRAGMENTADO". E é exatamente isto o que acontece às pessoas frustradas: perderam o SENSO DE INTEIREZA, da INTEGRIDADE, da UNIDADE INTERIOR. E, como toda felicidade é, em última análise, uma SENSAÇÃO DE INTEIREZA, uma CONSCIÊNCIA DE FIRMEZA UNITÁRIA, não pode a falta dessa inteireza deixar de se revelar como infelicidade.

Todo senso de frustração produz infelicidade. A pessoa frustrada, desunida, fragmentada, é necessariamente uma pessoa infeliz.

A abolição dessa infelicidade, NASCIDA DA FRAGMENTAÇÃO, só pode ser feita por meio duma REINTEGRAÇÃO na CONSCIÊNCIA DE INTEIREZA, de unidade do SER e da VIDA.

Quando uma pessoa se sente frustrada, costuma atribuir esse estado a algo das zonas das suas circunstâncias; daí a ideia de frustração sexual, emocional, ou outra frustração na ZONA DO EGO. por via de regra, porém, essa frustração REFLETIDA nas circunstâncias externas tem a sua RAIZ PROFUNDA na substância interna, provém de uma FRUSTRAÇÃO EXISTENCIAL.

Onda NÃO HÁ SÓLIDA REALIZAÇÃO EXISTENCIAL, facilmente surgem esses sintomas de frustração sexual, emocional, social e outras. E então as pessoas assim frustradas tentam reprimir os sintomas imediatos desse estado desagradável e se ESQUECEM DE IR À RAIZ PROFUNDA DO MAL ESTAR.

Na imensa maioria dos casos, a frustração periférica do ego tem sua VERDADEIRA RAIZ numa frustração central do EU; a frustração externa não é senão um sintoma mórbido duma frustração interna. É a própria existência HUMANA como tal que se acha ABALADA, COMPROMETIDA, FRUSTRADA, e não apenas a existencialidade masculina, feminina, sexual, emocional, social, etc. Está em jogo um ESFACELAMENTO FUNDAMENTAL DA INDIVIDUALIDADE HUMANA DO EU PROFUNDO, e não apenas uma camada externa da personalidade superficial. Em pelo menos 90 casos sobre 100, a cura da frustração existencial cura qualquer outra frustração, ou, pelo menos, lança a base para essa cura.

Pergunta-se: em que consiste essa frustração existencial?

A pessoa assim frustrada não vê mais nenhuma razão-de-ser satisfatória na vida humana; não sabe por que vive, trabalha e sofre, está diante de um caos, dum absurdo, dum vácuo existencial. E, embora não cometa talvez suicídio, a sua vida é um permanente suicídio lento, em prestações, porque é uma interminável agonia. Essa pessoa vive sempre numa atitude de escapismo, de vontade de fugir, num ambiente de negativismo e niilismo. A vida não tem sentido algum. Para que viver, se essa própria vivência é um NON-SENS, uma permanente insensatez, um fragrante contra-senso?

Antigamente, quando a humanidade vivia num ambiente infantil de fé, de olhos fechados, obediente a uma autoridade dogmática externa, o problema da frustração dificilmente assumia esse aspecto agudo de hoje. No tempo medieval, a pessoa ia ter com seu confessor ou diretor espiritual, e esse lhe mostrava que a vida terrestre não tem nenhum sentido em si, mas tem uma razão de ser em virtude de algo que vem depois da morte, num mundo futuro e distante, no qual o homem deve crer; mostrava ao frustrado que o centro gravitacional da vida humana não se acha no aquém, mas sim, no além; que os sofrimentos da vida, aqui na terra, são um meio de realização após-morte. Possivelmente, o diretor espiritual mostrava ao seu dirigido que, quanto mais o homem sofre na vida terrestre, tanto maior garantia tem para a sua plena realização na vida futura.

Esta ATITUDE DA HUMANIDADE MEDIEVAL funcionava como uma válvula de segurança e preservava o homem de uma explosão catastrófica. Sofrer era bom. Nenhum sofrimento equivalia a uma verdadeira frustração, porque favorecia a realização existencial, num mundo futuro.

Hoje em dia, grande parte da humanidade ultrapassou essa faze infantil do além-nismo e está em plena adolescência mental, embora LONGE DE SUA MATURIDADE ESPIRITUAL. O homem de hoje é muito mais aquém-nista do que além-nista; quer ver uma razão de ser no PRESENTE, e não apenas no futuro; quer viver AQUI E AGORA, e não apenas esperar por uma vida ACOLÁ e AMANHÃ.

A terapia para essa doença de frustração existencial dos nossos dias deve, pois, consistir num SENSO DE REALIZAÇÃO EXISTENCIAL PRESENTE; o homem devia poder sentir a realização existencial aqui e agora, em pleno aquém. A pessoa frustrada deve encontrar a desfrustração, reintegração, senso de inteireza e integridade, na vida terrestre; deve ter a consciência de ter entrado em órbita, de ter encontrado O SEU VERDADEIRO CENTRO DE GRAVITAÇÃO na vida presente. Sem essa realização existencial não pode haver abolição de outras frustrações.

Huberto Rohden - Cosmoterapia: a cura dos males humanos pela Consciência Cósmica


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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill