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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Desejar experienciar a verdade é negar a verdade

As crenças condicionam a experiência, e a experiência, depois, reforça a crença. O que você acredita, você experiência. A mente dita e interpreta a experiência, convida-a ou rejeita-a. A própria mente é o resultado da experiência, e ela pode reconhecer ou experienciar apenas aquilo com que está familiarizada, que conheça, em qualquer nível que seja. A mente não pode experienciar o que não seja conhecido. A mente e sua reação são de maior significância do que a experiência; fiar-se na experiência como um meio de entender a verdade é ficar preso na ignorância e na ilusão. Desejar experienciar a verdade é negar a verdade; pois o desejo condiciona, e a crença é um outro disfarce do desejo. Conhecimento, crença, convicção, conclusão e experiência são empecilhos à verdade; eles são a própria estrutura do Eu.

(...) O desejo de experienciar a verdade deve ser pesquisado e entendido; mas se houver motivação na busca, a verdade não toma forma. Pode haver busca sem uma motivação, consciente ou inconsciente? Com a motivação, a busca? Se você já sabe o que quer, se você formulou um fim, então a busca é o meio de atingir aquele fim, que é projetado. Portanto, a busca é por gratificação, não pela verdade; e os meios serão escolhidos de acordo com a gratificação. O entendimento do que é não precisa de motivação; a motivação e os meios impedem o entendimento. A busca, que é percepção desprovida de escolha, não é por algo; é estar atento ao anseio pelo fim e aos instrumentos para isso. Essa atenção desprovida de escolha produz um entendimento do que é.

É estranho o quanto nós ansiamos pela permanência, pela continuidade. Esse desejo assume muitas formas, das mais grosseiras às mais sutis... Só conhecemos a continuidade e nunca a não-continuidade.

(...) Esse centro de continuidade não é a essência espiritual, pois ainda está dentro do campo do pensamento, da memória e, portanto, do tempo. Pode experienciar somente sua projeção, e por meio de sua experiência projetada dá a si mesmo mais continuidade. Consequentemente, enquanto existir jamais poderá experienciar além de si mesmo. Ele precisa morrer; precisa cessar de dar continuidade através da ideia, através da memória, através da palavra. A continuidade é deterioração, e só há vida na morte. Só existe renovação com o cessar do centro; desse modo, o renascimento não é continuidade; então, a morte é como a vida: uma renovação a cada momento. Essa renovação é criação.

Jiddu Krishnamurti

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill