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terça-feira, 16 de julho de 2013

Ninguém pode lhe ensinar a amar

Pergunta: Estou cheio de rancor; você pode me ensinar a amar?

Krishnamurti: Ninguém pode lhe ensinar a amar. Se as pessoas pudessem ser ensinadas a amar, o problema do mundo seria então muito simples, você não acha? Se pudéssemos aprender a amar, num livro, assim como aprendemos Matemática, este nosso mundo seria uma maravilha: não haveria ódios, nem exploração, nem guerras, nem separação entre rico e pobre; viveríamos todos muito amigavelmente, uns com os outros. Mas o amor não se adquire tão facilmente. É muito fácil odiar, e o ódio, a seu modo, une as pessoas; cria fantasias de todo o gênero, promove a cooperação, em várias formas, como na guerra. Mas, o amor é muito mais difícil. Você não pode aprender a amar, mas o que pode fazer é observar o ódio e, mansamente, o afastar de você. Não batalhe contra o ódio, não diga o quanto é terrível odiar, mas veja o ódio em sua essência própria e o deixe se extinguir por si mesmo. Coloque-o à margem; ele não é importante. O importante é você não deixar o ódio criar raízes em sua mente. Compreende? Sua mente é solo fértil, e qualquer problema que se apresenta, se você lhe dá tempo suficiente, nela se enraíza como erva daninha e, depois, será muito difícil arrancá-lo. Mas, se você não dá tempo ao problema para se enraizar, ele não terá onde crescer e murchará, até morrer. Se você dá oportunidade ao ódio, se lhe dá tempo para se enraizar, crescer, amadurecer, ele se torna um formidável problema. Mas, se a cada vez que o ódio surgir, deixar que ele passe sem lhe atingir, verá que sua mente se tornará muito sensível, sem ser sentimental; assim, ela conhecerá o que é o amor.

A mente pode buscar sensações, desejos, mas não pode buscar o amor. O amor deve vir à mente. E, uma vez presente, ele não se divide em “amor sensual” e “amor divino” — é, só, amor! Eis o que o amor tem de extraordinário: é a única qualidade que pode abarcar a totalidade da existência.  

Krishnamurti — A cultura e o problema humano  

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill