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quarta-feira, 24 de julho de 2013

É retrocesso reformar a velha sociedade

Interrogante: Há muitos problemas — sociais, econômicos, nacionais — pelos quais não sou responsável.

Krishnamurti: Está-se morrendo de fome na Ásia; lá há miséria, pobreza, doença, coisas terríveis que vocês desconhecem completamente por aqui. Mas, quem é o responsável? Como sabem, graças à automação, ao aperfeiçoamento do computador, à cibernética, etc., a ciência está hoje em dia apta a libertar o homem das canseiras de certos trabalhos. A ciência tem a possibilidade de fornecer alimentos, roupas e teto a todo o mundo; mas, por que não se faz isso? Não diga que concorda comigo, pelo amor de Deus! Olhe! É porque somos nacionalistas. A glória da França, o estilo de vida dos americanos, o nacionalismo indiano, o nacionalismo africano, o imperialismo dos comunistas, bem como o dos capitalistas — todas essas coisas estão dividindo os homens economicamente. E, religiosamente, os homens estão separados por suas crenças. Aqui, no Ocidente, vocês acreditam no catolicismo, num certo Salvador, e em toda a Ásia, não se acredita em nada disso. Lá eles têm as suas próprias crenças. Estão, pois, os homens separados pelo nacionalismo, pelo racismo, pelas pressões econômicas, pela chamada religião. E todos nós somos responsáveis por isso, não? Vocês são nacionalistas, sentem orgulho de ser inglês, possuem muito orgulho de suas tradições, como francês — e sabe Deus o que mais. É isso o que está separando os homens, não? Por conseguinte, você e eu só deixaremos de ser responsáveis pelas dores do mundo quando estivermos livres no nacionalismo, do racismo, quando dentro de nós houver ordem.

Por outras palavras, nós somos entes humanos e não indivíduos. A individualidade é uma ideia antiquada, uma ideia insensata. Somos seres humanos, carregados dos problemas de todos os outros entes humanos, onde quer que vivam — na Europa, na Ásia ou na América. Mas se, como ente humano, compreendo a integral estrutura de minha sociedade, de minha norma de vida, com seus problemas, etc., estou então livre dessa imagem. Consequentemente, torna-se existente a ordem, e deixo de ser responsável pelas misérias do mundo. Estou fora da sociedade e assim, apto a ajudar a sociedade. Não desejo reforma-la. Compreendem? Devemos desembaraçar-nos, libertar-nos da sociedade, a fim de que surja um novo grupo humano e, por conseguinte, possa ser formada uma nova estrutura social. Não se pode reformar a velha sociedade; isso é retrocesso.

Krishnamurti - O descobrimento do amor

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill