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domingo, 28 de abril de 2013

Sobre o conteúdo deste blog

Criticar antes de investigar é um erro, e crer antes de investigar é outro erro. É preciso ler silenciosamente, nem voluntariosamente resistindo nem cegamente aceitando. Há um poder inerente nas palavras verdadeiras.

Não é nossa intenção fundamentar cada declaração aqui feita. Preferimos apresentar nossas observações para um público atento e já simpatizante, para que sejam comunicadas com maior economia de meios, evitando divagações e circunlocuções de uma argumentação desnecessária. Em suma, desejamos que estes textos sejam um real serviço para aqueles que estão mental e psicologicamente preparados para recebê-los. Não desejamos forçar ninguém, mesmo de maneira sutil, a aceitar uma posição à qual as circunstâncias de seu natural crescimento interno ainda não os conduziram, ou desperdiçar o tempo de todos com uma dialética que não leva a parte alguma.

Portanto, se o leitor deseja se beneficiar da leitura deste material, é preciso adotar uma atitude de simpatia intelectual para com estas observações, ao invés de uma postura de criticismo suspeitoso. Estas observações são apresentadas como vivência comprovada, não como opiniões teóricas; no entanto, nada há neles que não seja razoável, desde que o leitor aplique aquela razão impessoal que se recusa a confundir pensamentos e observações familiares com as verdadeiras. Ao pedirmos isto, sabemos bem que estamos pedindo o que para muitos é demasiado, mas esses não precisam seguir-nos adiante. Estamos seguros de que ninguém se volta para um caminho desta espécie enquanto não houver esgotado as possibilidades dos métodos convencionais de comprovar a verdade. Com efeito, as pessoas procuram em negro desespero, como uma espécie de último recurso. É somente as pessoas deste tipo que sentem uma imensa angústia por sua inabilidade de penetrar nas regiões "espirituais", que não acham nenhum auxílio nos sistemas ortodoxos, e que talvez tenham tido uma pesada partilha de sofrimentos, que estas páginas provavelmente interessarão.

Ler estas páginas com um espírito de acre antagonismo ou de determinada oposição, procurando descobrir falhas e arvorar-se em juiz do que imagina ser erros, será talvez um bom exercício para o intelecto, mas não vos aproximará da verdade. Infelizmente, na educação moderna se tem desenvolvido a tendência para este estilo de leitura. Daí esta advertência para suspender, temporariamente pelo menos, a faculdade crítica que tem sido altamente útil na preparação da fábrica da moderna civilização comercial e científica, porém que se torna um empecilho quando empregada às exposições emanadas daqueles que já penetraram realmente na esfera espiritual.

Não solicitamos ao leitor para que seja desonesto para com seu próprio raciocínio, ou que destrua sua faculdade de juízo independente. Com efeito, quem quer que não se incline ao exercício de sua faculdade de raciocínio, não está apto para este paradigma. Desejamos, sim, tornar claro ao leitor que é tão só quando se sinta insatisfeito com o atual ponto de vista, que se pode esperar que tome, no momento pelo menos, o ponto de vista logicamente apresentado pelos que passaram por uma extensa ordem de experiências superiores.

Nesse caso solicitamos ao leitor que reflita sem superstições frequentes contra afirmações que encontre em sua busca até que possa apreender o ponto de vista dos que as fizeram. Solicitamos que seja imparcial e a assimilar, experimentalmente por assim dizer, uma concepção que até então não tenha nutrido e que possui um poder próprio para despertar no leitor a faculdade intuitiva e dar-lhe maior energia.

Não é possível condensar este método numa fraseologia mais tersa ou melhor  do que outrora adornou o gracioso pórtico do belo templo grego em Delfos: HOMEM, CONHECE-TE A TI MESMO!

O método mais exato para chegar à verdadeira natureza daquilo que somos, é seguir, por meio da observação, um processo de eliminação, isto é, distinguir entre o eu e o não-eu.

Ao leitor é preciso mergulhar repetidamente na corrente de pensamentos que lhe trouxeram a este ponto, pois necessita reconhecer sua verdade, não como algo que lhe é imposto de fora, porém, como algo que traz inerente em si a sua própria integridade, e portanto, nasce dentro de si com o mais pleno poder de convicção. Não utilizando outros meios senão os fatos da vida humana e das experiências do pensamento humano em suas várias fases, chegamos à visão da verdade de que o eu real que buscamos mora numa dimensão superior à corporal, emocional, à dimensão do pensamento e do tempo; oculta-se alhures por trás do eu de emoção-pensamento; e que em verdade deve existir além de todas as nossas categorias comuns.

Finalizando, desejamos ao leitor, uma boa viagem!

Texto parafraseado de Paul Brunton em "A Realidade Interna"
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill