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domingo, 21 de abril de 2013

Percepções de Nisargadatta Maharaj

Observe seus pensamentos como você observa as pessoas na rua. As pessoas vão e vêm; você registra isso sem resposta. Pode não ser fácil no começo, mas com alguma prática você descobrirá que sua mente pode funcionar em muitos níveis ao mesmo tempo, e que você pode ser Ciente de todos eles ao mesmo tempo. É apenas quando você tem um interesse específico em um nível em particular, que a sua atenção fica presa nele e você bloqueia os outros.

O 'Eu' que você quer conhecer, existe algum segundo 'Eu'? Você é feito de muitos 'Eus'? Seguramente há apenas um 'Eu', e você é esse 'Eu'. O 'Eu' que você é, é o único 'Eu' que existe. Remova e abandone suas idéias erradas sobre si mesmo, e ali está ele, em toda sua glória.

O seu Eu Real é intemporal e além do nascimento e da morte. O corpo sobreviverá tanto quanto necessário. Não é importante que ele deva viver muito.

Antes que o mundo fosse, a Consciência era. Na Consciência, ele vem a ser, na Consciência ele ele dura, e na pura Consciência ele se dissolve. Na raiz de tudo está o sentimento de 'Eu Sou.' O estado mental de 'há um mundo' é secundário, pois, para existir, eu não necessito do mundo, o mundo precisa de mim.

Nenhum estado mental pode ser mais real que a mente em si mesma. Mas, a mente é real? Ela é apenas uma coleção de estados, cada um deles transitório. Como pode uma coleção de estados transitórios ser considerada real? A ilusão de ser o corpo-mente existe apenas porque não foi investigada. A não-investigação é o fio no qual os estados mentais estão pendurados. É como a escuridão em um quarto escuro. [Ela] Está ali - aparentemente. Mas, quando se abre a sala, para onde vai a escuridão? Não vai a lugar nenhum, pois não estava lá. Todos os estado mentais, todos os nomes e formas de existência estão enraizados na falta de questionamento, na não-investigação, na imaginação e na credulidade. É correto dizer 'Eu Sou',mas dizer 'Eu Sou isso', 'Eu Sou aquilo' é um sinal de não-questionamento, não-exame, de fraqueza mental ou letargia. A Sadhana (prática) consiste em lembrar-se à força da própria pureza de ser, de não ser nada em particular, nem uma soma de particulares, que fazem o universo. Tudo existe na mente, mesmo o corpo é a integração na mente de um vasto número de percepções sensoriais, sendo também cada percepção um estado mental. Pense sobre você mesmo. Apenas não traga a idéia de um corpo nesse pensamento. Há apenas uma corrente de sensações, percepções, memórias e ideações. O corpo é uma abstração criada pela sua tendência de buscar a unidade na diversidade.

Olhe para você mesmo continuamente - é o suficiente. A porta que o mantém preso é também a porta que o liberta. O 'Eu Sou' é a porta. Fique nela até que ela se abra. Na verdade, ela está aberta, apenas você não está nela. Você está esperando na frente de portas pintadas que não existem, e que nunca se abrirão.

Dê toda a sua atenção à questão: 'O que é que me faz conSciente?', até que sua mente se torne a questão em si mesma, e não possa pensar em qualquer outra coisa.

A testemunha é apenas um ponto na Sciência. Não tem nome e nem forma. É como o reflexo do sol em uma gota de orvalho. A gota de orvalho tem nome e forma, mas o pequeno ponto de luz é causado pelo sol.

Este é o ponto central da discussão: enquanto você acreditar que apenas o mundo externo é real, você permanecerá seu escravo.

Enquanto você se identificar* com eles [a mente e o corpo], você está condenado a sofrer; compreenda a sua independência, e você ficará feliz. Eu lhe digo: esse é o segredo da felicidade. A crença de que você depende de coisas e pessoas para ser feliz é devido à sua ignorância de sua verdadeira natureza; saber que você não precisa de nada para ser feliz, exceto seu auto-conhecimento, é sabedoria.

A liberdade vem pela renúncia. Toda posse prende. Se você não tem a sabedoria e a força para abrir mão, apenas olhe para as suas posses. Apenas o seu olhar irá reduzi-las a cinzas. Se você puder ficar 'fora' da sua mente, logo descobrirá que a renúncia total a suas posses e desejos é a coisa mais obviamente razoável a ser feita. Você cria o mundo e depois se preocupa com ele. Tornar-se egoísta o enfraquece. Se você pensa que tem a força e a coragem para desejar, é porque você é jovem e inexperiente. Invariavelmente, o objeto do desejo destrói os meios de se conquistá-lo, e então enfraquece. Tudo acontece para o melhor, porque lhe ensina a evitar o desejo como [se fosse] veneno. Não há necessidade de qualquer ato de renúncia. Apenas vire sua mente [para o outro lado], isso é tudo. O desejo é apenas a fixação da mente em uma idéia. Saia desse sulco por negar-lhe atenção. Qualquer que seja o desejo ou medo, não se fixe nele. Aqui ou ali você vai esquecê-lo, não importa. Continue suas tentativas, até que a remoção de cada desejo e medo, de cada reação, se torne automática.

Algo lhe impede de ver que não há nada de que você necessite. Descubra [o que é] e veja a sua falsidade. É como ter engolido algum veneno e estar sofrendo de uma sede insaciável. Ao invés de beber além de qualquer medida, porque não eliminar o veneno e se libertar dessa sede ardente? O sentimento 'Eu sou uma pessoa no tempo e no espaço' é o veneno. De uma certa maneira, o tempo em si mesmo é o veneno. No tempo, todas as coisas têm um fim, e nascem novas, para serem devoradas por sua vez. Não se identifique com o tempo, não pergunte ansiosamente: 'E agora? E agora?' Caia fora do tempo e veja-o devorar o mundo. Diga: 'Bom, é da natureza do tempo pôr um fim a tudo. Deixe estar. Não diz respeito a mim. Eu não sou e nem preciso procurar combustível.'

Nisargadatta Maharaj
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill