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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A multidão acompanhará algum idiota, mas nunca, um livre pensador

Ele vem da dúvida. Você não consegue se convencer realmente de que está fazendo algo correto, então precisa fazer em excesso, precisa griatr alto, para que você precisa convencer os outros para que, ao perceber que converteu milhaes de pessoas, você fique à vontade. Deve haver alguma verdade no que você está dizendo; senão, por que tantas pessoas se convenceruam? Você pode ser um tolo, mas tantas pessoas não podem ser tolas.

(…) Você está trêmulo por dentro, não sabe o que é esta vida — mas alguém sabe, e você pode seguir esse alguém. Você é aliviado de um grande fardo de incerteza, e tudo o que é necessário de sua parte é uma crença fanática.

A crença fanática serve aos dois. O líder a necessita porque ele próprio é como você, trêmulo por dentro; ele nada sabe. Tudo o que ele sabe é gritar melhor do que você, é ser mais eloquente do que você, é pelo menos fazer pose de quem sabe — ele é um bom ator, um hipócrita sofisticado. Mas, no fundo, ele sabe que está inseguro. Ele precisa de muitos seguidores, os quais o ajudarão a se livrar do medo, os quais o convencerão de que ele sabe.

(…) O líder está continuamente precisando de ser convencido de que ele está certo. Para isso, ele necessita de um número crescente de seguidores comprometidos. E quanto mais fanático eles forem, mais convincentes serão para ele. Se eles estiverem dispostos a morrer ou matar, a ir a uma cruzada, a fazer o jihad ou a ir a uma guerra santa, isso o deixará seguro.

E, de maneira circular, sua certeza convence os seguidores — porque ele fala com mais convicção, fica mais teimoso, fica absolutamente seguro. “Se” e “mas” desaparecem de sua linguagem — tudo o que ele diz é a verdade. E esse círculo vicioso segue em frente: deixa o líder fanático e os seguidores fanáticos. Essa é a necessidade psicológica de ambos; ambos estão no mesmo barco.

As pessoas têm necessidades psicológicas de estarem certas, pois ter instabilidade torna sua vida difícil. Ela já é suficientemente difícil como é — por toda a parte há incertezas e inseguranças, por toda parte há problemas sem soluções. Isso dá uma oportunidade a esses poucos espertalhões que podem fingir que têm as comodidades de que você necessita. A única qualidade que um líder precisa ter é sempre estar à frente da multidão. Ele deve constantemente obserbar para onde a multidão está indo, e estar à frente dela. Isso faz com que a multidão sinta que o líder está liderando.

O líder precisa ser apenas esperto a este ponto: observar o estado de ânimo das pessoas e observar para onde elas estão indo. Para onde o vento começa a soprar, o líder de verdade nunca perde a chance: está sempre à frente da multidão.

Pensadores não são necessários, porque um pensador começará a se questionar se o caminho que a multidão está indo é o curso correto ou se o caminho que ele estava indo é o curso correto. Se ele começar a pensar dessa maneira, deixará de ser um líder e ficará sozinho. A multidão acompanhará algum idiota que não se importa para onde ela esteja indo. Você pode estar indo para o inferno, mas ele é o líder — ele está à sua frente. A única qualidade necessária do líder é uma faculdade de avaliar o estado de ânimo da multidão. Isso não é muito difícil, porque a multidão está o tempo todo gritando alto o que ela quer, onde ela quer ir, quais são as suas necessidades. Você precisa estar apenas um pouco alerta e reunir todas essas vozes; então, não haverá problema, você estará à frente da multidão. 

E insista em prometer tudo o que eles pedirem — ninguém espera que você cumpra suas promessas; ele estão pedindo apenas para receberem promessas. Quem lhe pediu para cumprir suas promessas? Continue a fazer promessas e não se preocupe com o fato de que, um dia, o apanhem e lhe perguntem sobre elas. Eles nunca farão isso, porque, sempre que o apanharem, você pode lhes fazer promessas ainda maiores.

E a memória das pessoas é muito fraca. Quem se lembra do que você prometeu há cinco anos? Em cinco anos, muita coisa já terá acontecido; quem se importa? Em cinco anos, muita coisa já terá mudado. Não se preocupe; simplesmente continue a fazer promessas cada vez maiores.

E as pessoas acreditam nessas promessas, elas querem acreditar, pois nada mais têm, exceto esperanças. Dessa maneira, os líderes ficam dando ópio, esperança, e as pessoas ficam viciadas.

O fanatismo a grupos e organizações políticas, religiosas ou alguma outra é uma espécie de vício — como qualquer outra droga. Um cristão se sente em casa se estiver cercado por outros cristãos. Isso é um vício, uma droga psicológica. Ao perceber uma pessoa fora do grupo delas, algo na psique das pessoas começa a tremer imediatamente: surge um ponte de interrogação. Há uma pessoa que não acredita em Cristo: “É possível não acreditar em Cristo? É possível sobreviver sem acreditar em Cristo?” Suspeitas, dúvidas…

Por que elas ficam com raiva? Elas não estão com raiva, mas, em verdade, estão com medo. E, para ocultar o medo, precisam projetar a raiva. A raiva é sempre para ocultar o medo… Na raiva, o medo permanece oculto.

Elas são muito fanáticas, defensivas… sabem que a crença que têm não é a experiência delas e têm medo de que uma pessoa de fora possa arranhar, cavar fundo, trazer a ferida diante de seus olhos. Elas deram um jeito de cobri-la — são cristãs, o Cristo é o salvador, o único salvador, o único salvador real, e têm o Livro Sagrado e Deus está com elas; então, o que há a temer? Elas criaram um lar psicológico aconchegante e, repentinamente, como um touro em uma loja de porcelana, vem um estranho que não acredita no que elas acreditam!

(…) Fanatismo é isto: nunca escute algo que vá contra você. Antes que alguém diga algo, você começa a gritar tão alto que escuta apenas a sua voz. Leia somente o seu livro, escute somente a sua igreja, o seu templo, a sua sinagoga.

O fanatismo é simplesmente uma estratégia para proteger você de suas dúvidas. Mas, embora as dúvidas possam ser protegidas, não podem ser destruídas.

Osho

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill