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domingo, 9 de dezembro de 2012

O sexo é o ponto mais baixo da união — a meditação é o pico.

Se você procurar pelos monges católicos, jainistas ou budistas, descobrirá que são muito nervosos. Talvez não tão nervosos em seus monastérios, mas se você os trouxer para o mundo exterior, descobrirá que são muito, muito nervosos, porque cada passo ali é uma tentação. Um meditador chega a um ponto em que não mais existe tentação. Tente compreender isso. A tentação nunca vem de fora; é o desejo reprimido, a energia reprimida, a raiva reprimida, o sexo reprimido e a ambição reprimida que criam a tentação. A tentação vem de dentro, não tem nada a ver com algo externo. Não é que vem um demônio e o tente; é a sua própria mente reprimida que se torna demoníaca e deseja se vingar. Para controlar essa mente, a pessoa tem de permanecer tão fria e congelada que nenhuma energia vital pode penetrar em seus membros, seu corpo. Se a energia puder penetrar, essas repressões virão à tona. É por isso que as pessoas têm aprendido a ser frias, a tocar nos outros e ainda assim não os tocar, a ver os outros e ainda assim nãos o ver. As pessoas vivem cheias de clichês — “Olá, como vai?” Ninguém quer dizer alguma coisa com isso. Serve apenas para evitar o verdadeiro encontro de duas pessoas. As pessoas não se olham nos olhos, não seguram as mãos umas das outras, não tentam sentir a energia uma das outras; não se permitem extravasar. Sentem muito medo. De algum modo são apenas controladas... Frias e mortas, dentro de uma camisa-de-força.

Um homem de meditação aprendeu a estar cheio de energia. Ele vive no ponto máximo, ótimo. Vive no pico; faz sua morada no pico. Certamente ele tem um calor, mas esse calor não é febril, apenas mostra a vida. Ele não é quente, é frio, porque não é movido por desejos. É feliz, porque não procura mais a felicidade. Sente-se muito à vontade, está em casa, não tem pressa, não está indo a lugar algum, não está correndo, nem caçando... ele é muito sereno.

(...)

O sexo tem muito apelo, porque, nele, por um momento, dois se tornam um. Mas nesse momento, você está inconsciente. Você procura a inconsciência, porque procura a unidade. Mas quanto mais você a procura, mais consciente se torna. Então, você não sentirá a satisfação do sexo, porque a satisfação está vindo do inconsciente.

Você poderia ficar inconsciente num momento de paixão. Com a consciência abandonada. Por um único movimento você estaria no abismo — mas inconsciente. Mas quanto mais você procura a unidade, mais a perde. Finalmente, chega um momento em que você está no sexo e o momento de inconsciência não mais acontece. O abismo está perdido, a satisfação está perdida. Então, o ato se torna estúpido. É apenas um alívio mecânico, não tem nada de espiritual em si.

Nós conhecemos apenas a união inconsciente; nunca conhecemos a união consciente. A meditação é a união consciente. Ela é o outro polo da sexualidade. O sexo é um polo — a união inconsciente; a meditação é o outro polo — a união consciente.

O sexo é o ponto mais baixo da união, e a meditação é o pico, o ponto mais alto da união. A diferença entre os dois é de consciência.

Hoje a mente ocidental está pensando em meditação, pois o apelo do sexo foi perdido. Sempre que uma sociedade se torna sexualmente não-repressiva, a meditação virá a seguir, porque o sexo sem inibições matará a graça e o romance que o envolvem; matará o seu lado espiritual. Há muito sexo, mas você não pode continuar a ser inconsciente ao praticá-lo. Uma sociedade repressiva sexualmente pode continuar a ser sexual, mas uma sociedade não-repressiva e sem inibições não pode conservar a sexualidade para sempre. Ela terá de ser transcendida. Assim, se uma sociedade é sexual, a meditação virá a seguir. Para mim, uma sociedade sexualmente livre é o primeiro passo em direção à procura, à busca.

OSHO

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill