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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O absurdo é necessário para trazê-lo fora de sua mente

O absurdo é necessário para trazê-lo fora de sua mente… porque a mente é raciocínio. Através do raciocínio você não pode sair da mente. Através do raciocínio você se move e se move, mas contínua no círculo.

Isso é o que você tem feito por muitas vidas. Uma coisa leva à outra, mas esta outra faz parte do círculo do mesmo modo que a anterior. Você sente que está se movendo porque a mudança está presente, mas continua seguindo num círculo. Continua se movendo aqui e ali, mas sempre em voltas; não consegue sair da periferia. Quanto mais raciocina sobre como sair, quanto mais cria sistemas, técnicas e métodos para sair, mais se embaraça. O problema básico é: a razão não pode trazê-lo para fora porque o raciocínio é o próprio estado no qual você se encontra. Algo irracional é necessário. Algo além da razão é necessário. Algo absurdo, louco — apenas isto pode trazê-lo para fora. Todos os grandes Mestres têm inventado situações absurdas. Se você pensar sobre elas, não compreenderá. É preciso seguir suas linhas sem nenhum raciocínio. É por isso que a filosofia não auxilia muito. Somente a religião pode auxiliar porque ela é a loucura absoluta.

Tertuliano disse: “Eu creio em Deus porque Deus é absurdo.” Não há razão para se crer Nele. Há alguma razão para se crer em Deus? Alguém já foi capaz de provar que Deus existe? Não há raciocínio que possa provar a Sua existência,   há somente a fé. Fé significa absurdo. Fé significa não ter nenhuma razão para crer e mesmo assim crer. Fé significa não ter nenhum argumento, nenhuma prova e mesmo assim colocar toda a sua vida em jogo; não ter nenhuma prova de que Deus existe e mesmo assim se atirar no abismo. Qualquer pessoa racional sentirá que você enlouqueceu. É assim que os racionalistas sempre se sentiram. Para eles, Buda, Krishna e Jesus enlouqueceram, estão falando absurdos.

Existe uma escola no Ocidente que prova que todas as religiões são absurdas. Eu sou um homem religioso e digo que eles estão certos — por razões erradas, eles estão certos. Eles pensam que se você provar que a religião é absurda você a desprezará, a refutará. Não!

Os homens religiosos têm dito constantemente: “Nós somos absurdos! Nós não pertencemos ao mundo sensato, pertencemos a algo que está além. E o além está sujeito a ser absurdo.” Que sentido você pode fazer a partir da religião? Se você fizer algum sentido não a compreenderá. Estará   Estará, então, no mundo da teologia, da filosofia, dos sistemas — mas não poderá tocar nunca na pureza que está além da razão.

(…) O que acontece quando alguém é capaz de acreditar no absurdo? Fica fora da razão. Repentinamente, o círculo para, a roda para, porque você deixa de a alimentar. os argumentos cessam, os pensamentos cessam. De repente, você está fora disso como se tivesse acordado de seu sono. E o maior sono é a razão, porque ela cria sonhos tão maravilhosos e tão reais que todos são iludidos por eles.

Quando você está acordado e fora do círculo vicioso, Deus aparece e nada mais existe. Então, você sabe! Mas antes que este conhecimento aconteça, a fé é necessária. Todos os filósofos que tentaram, durante séculos, provar que Deus existe não são religiosos, não estão servindo a Deus; estão fazendo um grande dano. Porque quando você dá uma prova, você faz com que Deus seja parte da mente também. E quando alguém crê porque Deus é um fato provado, não consegue sair da razão.

Por isso, todos as pessoas religiosas, todos os Mestres têm inventado truques a fim de trazê-lo para fora da razão. O Zen tem a sua própria técnica que é conhecida como “koan”. Um koan é um quebra-cabeça absurdo. Você não pode solucioná-lo. Por mais que tente, seu esforço será irrelevante. Mas o Mestre continuará insistindo para você trabalhar mais e mais intensamente: “Você não está tentando o suficiente para solucionar o problema: o problema é insolúvel! Não depende de você trabalhar intensamente nele ou não. Mas se você o fizer, com a sua totalidade, repentinamente se tornará consciente do absurdo; nunca antes.

De repente, você começará a rir: “Era tudo um absurdo!” Então, você poderá rir, o riso louco que vem quando a razão não está funcionando — Você já viu um louco rindo? O riso dele é totalmente diferente do seu. O seu é raciocinado, há razão para ele. Alguém contou uma piada, alguém caiu na rua, escorregou em uma casca de banana e você ri. Há uma razão: algo ridículo aconteceu. Porque você ri quando um homem cai na rua ou escorrega numa casa de banana? Por quê? O que há de hilariante nisso?

Existe algo nesse fato. O ego é a coisa mais ridícula no homem, e quando um homem cai por causa de uma casca de banana, a casca de banana torna-se mais forte do que ele. O total absurdo do ego é provado: o homem não é nada. Mesmo uma casca de banana pode jogá-lo fora do equilíbrio.

Toda civilização é egocêntrica. Culturas inteiras, nações, todos os sonhos de grandeza vêm ao homem porque ele é o único animal que permanece ereto sobre dois pés.  Por isso é que o homem pensa que não é um animal. O homem pensa que é diferente, único, que não pertence ao mundo animal. Mas quando você escorrega numa casca de banana, de repente cai dentro do mundo animal; é um animal indefeso, nada mais. Eis porque é ridículo ver um homem cair.

Pense! Se um mendigo cair por causa de uma casca de banana não rirá tanto. Mas se um primeiro-ministro cair, você morrerá de rir. Por quê? Porque um mendigo é um mendigo; ele já faz parte do mundo animal — nada demais. Mas se for o primeiro-ministro, o presidente, o rei, a rainha… Você não pode imaginar a rainha da Inglaterra caindo… exatamente como um ser humano; Impossível! Essas pessoas criaram uma falsa impressão em torno de si mesmas: a impressão de que são infalíveis. E uma simples casa de banana arrebenta toda a situação. Você fica exposto! É apenas um indefeso ser humano. E não somente um indefeso ser humano, mas apenas um animal — sobre quatro pernas, não sobre duas.

OSHO

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill