Se você se sente grato por este conteúdo e quiser materializar essa gratidão, em vista de manter a continuidade do mesmo, apoie-nos: https://apoia.se/outsider - informações: outsider44@outlook.com - Visite> Blog: https://observacaopassiva.blogspot.com

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Deixe de tropeçar na noite escura da alma

As últimas palavras de Gautama Buda sobre a terra foram: Seja sua própria luz. Não siga os outros, não imite, porque a imitação, o seguir, causa burrice. Você nasceu com uma imensa possibilidade de inteligência, nasceu com uma luz dentro de você. Escute a voz baixa e serena dentro de você e ela o guiará. Ninguém mais pode guiá-lo, ninguém mais pode se tornar um modelo para a sua vida, porque você é único. Ninguém jamais foi exatamente como você e ninguém jamais será exatamente como você. Essa é a sua glória, a sua grandeza; você é absolutamente insubstituível, você é você mesmo e mais ninguém.

A pessoa que segue os outros se torna falsa, fingida, mecânica. Aos olhos dos outros, ela pode ser uma grande santa, mas, no fundo, é simplesmente pouco inteligente e nada mais. Ela pode ter um caráter muito respeitável, mas isso é apenas a superfície e não tem nem mesmo a profundidade da pele. Esfregue-a um pouco e ficará surpreso ao ver que, no seu interior, ela é uma pessoa totalmente diferente, justamente o oposto de seu exterior.

Seguindo os outros, você pode cultivar um belo caráter, mas não pode ter uma bela consciência e, a menos que você tenha uma bela consciência, nunca poderá ser livre. Você pode ficar mudando de prisões, de cativeiros, de escravidões, pode ser um hindu, um muçulmano, um cristão, um jainista… Isso não o ajudará. Ser jainista significa seguir Mahavira como um modelo. Ora, não existe ninguém como Mahavira e jamais poderá existir. Ao seguir Mahavira você se tornará uma entidade falsa. Você perderá toda realidade, toda sinceridade, não será verdadeiro consigo mesmo. Você se tornará artificial, pouco natural, e ser artificial, pouco natural, é a maneira de ser do medíocre, do burro, do tolo.

Para Buda, sabedoria é viver sob a luz de sua própria consciência e insensatez é seguir os outros, imitar os outros, tornar-se sombra de alguém.

O mestre de verdade cria mestres, e não seguidores. O mestre de verdade atira você de volta para si mesmo. Todo empenho que ele faz é para tornar você independente dele, porque você tem sido dependente por séculos e isso não o levou a lugar nenhum. Você continua a tropeçar na noite escura da alma.

Somente sua luz interior pode se tornar o alvorecer. O mestre falso o convence a segui-lo, a imitá-lo, a ser uma cópia dele. O mestre real não permitirá que você seja uma cópia; ele quer que você seja original. Ele ama você! Como ele pode torná-lo um imitador? Ele tem compaixão por você e gostaria que você fosse completamente livre — livre de todas as dependências externas.

Mas o ser humano comum não quer ser livre. Ele quer ser dependente, quer que alguém o guie. Por quê? Porque então ele pode jogar toda a responsabilidade sobre os ombros de outra pessoa. E quanto mais responsabilidade você joga sobre os ombros de outra pessoa, menor é a possibilidade de você se tornar inteligente. É a responsabilidade, o desafio da responsabilidade, que cria a sabedoria.

A pessoa precisa aceitar a vida com todos os seus problemas, precisa passar pela vida sem proteção, precisa procurar e buscar o próprio caminho. A vida é uma oportunidade e um desafio de encontrar a si mesmo. Mas o tolo não quer percorrer o caminho árduo; ele escolhe o atalho e diz para si mesmo: “Buda chegou lá — por que eu deveria me preocupar? Apenas observarei seu comportamento e o imitarei. Jesus chegou lá, então, por que eu deveria procurar e buscar? Posso simplesmente me tornar uma sombra de Jesus, posso simplesmente segui-lo para onde ele for.”

Mas, seguindo outra pessoa, como você se tornará inteligente? Você não dará nenhuma chance para a sua inteligência eclodir. Ela precisa de uma vida desafiadora, de uma vida aventureira, de uma vida que sabe como arriscar e como penetrar no desconhecido, de tal modo que a inteligência surja. E somente a inteligência pode salvá-lo — e ninguém  mais. Sua própria inteligência, lembre-se, sua própria percepção, pode se tornar seu nirvana.

Seja sua própria luz e você será sábio; deixe que os outros sejam seus líderes, seus guias, e você permanecerá burro e continuará a perder todos os tesouros da vida — os quais eram seus.

OSHO

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill