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domingo, 30 de setembro de 2012

Vale a pena investir energia no aprimoramento da minha personalidade?


Você precisa abrir mão da sua personalidade para que possa encontrar a sua individualidade. O que chamamos de personalidade não é você; é uma máscara que as pessoas puseram em você. Ela não é uma realidade autêntica, não é sua face original. Você está me perguntando, “Vale mesmo a pena investir energia no aprimoramento da minha personalidade?” Invista energia na destruição da sua personalidade! Invista energia na descoberta de sua individualidade, e deixe essa distinção muito clara: a individualidade que você trouxe com você ao nascer. A individualidade é o seu ser essencial, e a personalidade é o que a sociedade fez com você, o que ela quis fazer com você.
Nenhuma sociedade até hoje foi capaz de dar liberdade às crianças para que sejam elas próprias. Parece arriscado dar essa liberdade. Elas podem ficar rebeldes. Podem não seguir a religião dos antepassados; podem não confiar nos valores morais. Elas descobrirão a sua própria moralidade e o seu próprio estilo de vida. Não serão réplicas, não repetirão o passado; serão seres do futuro.
Isso faz surgir o medo de que elas se desviem. Antes que se desviem, toda a sociedade tenta ensinar a elas uma maneira certa de viver, uma certa ideologia sobre o que é bom e o que é ruim, uma certa religião, uma certa escritura sagrada. Essas são maneiras de se criar a personalidade, e a personalidade funciona como uma prisão.
Mas milhões de pessoas neste mundo só conhecem a própria personalidade; não sabem que existe algo mais. Elas se esqueceram completamente de si mesmas, esqueceram-se até do caminho para chegar a elas mesmas. Tornaram-se, todas elas, atores, hipócritas. Estão fazendo coisas que nunca tiveram vontade de fazer e não estão fazendo coisas que adorariam fazer. A vida delas é tão fragmentada que elas nunca conseguem ficar em paz. A natureza delas está sempre se impondo e não as deixa em paz. E a chamada personalidade não para de reprimi-las, forçando-as a mergulhar cada vez mais fundo na inconsciência. Esse conflito divide você e a sua energia — e uma casa dividida não consegue resistir por muito tempo. Essa é a desgraça dos seres humanos — é a razão porque não existe tanta dança, tanta música, tanta felicidade.
As pessoas estão muito preocupadas em guerrear consigo mesmas. Elas não têm energia e não têm tempo para mais nada a não ser brigar com elas próprias. Elas têm de lutar contra a sensualidade, tem de lutar contra a individualidade, tem de lutar contra a originalidade. E tem de lutar por algo que elas não querem ser, que não faz parte da natureza delas, que não é o seu destino. Portanto, elas podem mostrar falsidade por um tempo, mas o verdadeiro sempre acaba aparecendo.
A vida passa, com seus altos e baixos, e elas não conseguem descobrir quem são: o repressor ou o reprimido? O opressor ou o oprimido? E, façam o que fizerem, as pessoas não vão conseguir destruir a natureza delas. Elas com certeza podem envenená-la; podem destruir a sua alegria, podem destruir a sua dança, podem destruir o seu amor. Podem tornar a vida delas uma mixórdia, mas não podem destruir completamente a sua própria natureza. E também não podem jogar fora a sua personalidade, porque a personalidade carrega os antepassados, os pais, os professores, os padres, todo o passado. É uma herança, à qual eles se apegam.
Tudo o que eu ensino é: não se apegue à sua personalidade. Ela não é você, nunca vai ser você. Dê à sua natureza total liberdade. E respeite-se, tenha orgulho de si mesmo, seja lá o que você for. Tenha dignidade! Não se deixe destruir pelos mortos.
Pessoas mortas há milhares de anos estão empoleiradas sobre a sua cabeça. Elas são a sua personalidade — e você quer aprimorá-las? Então, convoque mais alguns mortos! Escave mais alguns túmulos, desenterre mais esqueletos, cerque-se de todo tipo de fantasma. Você será respeitado pela sociedade. Será homenageado, recompensado; terá prestígio, será considerado um santo. Mas cercado pelos mortos você não conseguirá rir — não será de bom-tom —, você não conseguirá dançar, não conseguirá cantar, nem conseguirá amar.
A personalidade é uma coisa morta. Acabe com ela! Num sopro só, não aos poucos, não lentamente, hoje um pouquinho e amanhã um pouco mais, porque a vida é curta e o amanhã não é uma certeza. O falso é falso. Descarte-o totalmente!
Todo ser humano de verdade tem de ser um rebelde... E rebelde contra quem? Contra a própria personalidade.  
O japonês era cliente, fazia muito tempo, de um restaurante grego, porque tinha descoberto que eles faziam um arroz frito muito saboroso. Toda noite ele ia até o restaurante e pedia “aroz flito”. Isso sempre causava um ataque de riso no dono do restaurante. Às vezes, ele chegava a chamar dois ou três amigos só para ouvir o japonês pedir “aroz flito”.
O japonês acabou ficando tão ofendido que resolveu tomar aulas de dicção só para dizer “arroz frito” corretamente. Na vez seguinte que foi ao restaurante, ele disse claramente: “Arroz frito, por favor”.
Sem acreditar no que ouvia, o dono do restaurante pediu. “Pode repetir, por favor?”
O Japonês replicou, “Você ouviu o que eu disse, seu gleco cletino”.
Por quanto tempo você consegue fingir? A realidade vai aparecer uma hora dessas, e quanto antes melhor. Você não precisa melhorar a sua dicção — só precisa se livrar de toda essa coisa de personalidade. Seja simplesmente você mesmo. Não importa o quanto ela pareça tosca ou rústica no início, logo vai começar a adquirir a sua própria graça, a sua própria beleza.
E a personalidade... Você pode burila-la, mas vai estar burilando uma coisa morta, que não vai desperdiçar apenas com o seu tempo, com a sua energia e com a sua vida, mas também com as pessoas à sua volta. Nós todos afetamos uns aos outros. Quando todo mundo está fazendo alguma coisa, você também começa a fazer. A vida é extremamente contagiosa e todo mundo está aprimorando a sua personalidade — é por isso que essa ideia lhe ocorreu.
Mas isso não é necessário. Você não faz parte de um rebanho, não faz pare dessa gentalha. Tenha respeito por si mesmo e pelas outras pessoas. Orgulhe-se da sua liberdade. Quando você tem orgulho da sua liberdade, quer que todo mundo seja livre, pois a sua liberdade dá à você um amor e uma graça imensos. Você gostaria que todo mundo na vida fosse livre, amoroso e cheio de graça.
Isso só é possível se você for original — não algo construído, falso, mas algo que cresça dentro de você, que tenha raízes no seu ser, que floresça no tempo certo. E ter as suas próprias flores é o seu único destino, é o único caminho que faz sentido na vida.
Mas a personalidade não tem raízes; ela é feita de plástico, é artificial. Não é difícil descarta-la; só é preciso um pouquinho de coragem. E a sensação que eu tenho diante de milhares de pessoas é que todo mundo tem essa coragem, as pessoas apenas não a estão usando. Depois que você passa a usar a sua coragem, as suas fontes interiores adormecidas começam a ser ativadas e você fica ainda mais corajoso, mais rebelde. Você próprio se torna uma revolução.
Se você é uma revolução em si mesmo, isso é uma grande alegria, porque é sinal de que você cumpriu o seu destino. Você transcendeu a gentalha comum, a massa adormecida. 

OSHO — O Livro da sua vida - Crie seu próprio caminho para a liberdade - Cultrix

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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill