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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Diálogo sobre desordem mental


PERGUNTA: Na investigação do medo, não há perigo de desordem mental?

KRISHNAMURTI: Pode haver maior perigo de desordem mental do que na mentalidade com que estamos vivendo hoje em dia? Não estamos todos — se me perdoais assinalá-lo — um tanto ou quanto mentalmente desordenados? Não quero ser indelicado; não é minha intenção ou idéia julgar-vos. Mas existe essa grande preocupação sobre o perigo de aumento das doenças mentais. Sabeis o que nos está pondo doentes? Não é a investigação do temor. As guerras, o comunismo, o fanatismo religioso, a ambição, a competição, o esnobismo — essas coisas são sintomas de uma pessoa mentalmente doente. Por certo, a investigação do medo e o libertar a mente do medo é a mais sã das coisas. Essa pergunta indica que consideramos a atual sociedade uma coisa maravilhosa — não é exato? Os que têm um substancial depósito no banco e estão bem de vida devem achar que está tudo certo, e não desejam perturbações. Mas a vida é bem perturbadora, sobremodo destrutiva; e é disso que temos medo. Não estamos interessados no viver, no ser livre de medo; mas desejamos encontrar um cantinho onde ficar em segurança e conforto, a decompor-nos sossegadamente. Senhores, isto não é retórica; é nosso desejo interior, nosso desejo secreto. Buscamos essa segurança em todas as relações. Quanto ciúme e quanta inveja existem em nossas relações! Quanto ódio, quanta esposa abandona o marido ou o marido “foge com outra”! Como buscamos o beneplácito da sociedade e as bênçãos da igreja! Senhor, são todas essas coisas que ocasionam a deterioração, a destruição da sanidade mental.

PERGUNTA: Estas coisas são inteiramente novas para nós e acho que temos de “continuar com elas”.

KRISHNAMURTI: Senhor, não podeis “continuar com elas”. Se fazeis, elas se tornam meras idéias, e as idéias não podem criar nada novo. Estamos falando sobre a destruição total das coisas que a mente construiu interiormente. Não se pode “continuar” com a destruição; se o fizerdes, isso será, meramente, construção, levantamento de uma nova estrutura contra aquilo que deve ser destruído.
Nós necessitamos de uma mente nova, uma mente jovem, um novo coração, uma mente purificada, juvenil, decidida; e para se ter essa mente, tem de haver destruição; tem de haver criação sempre nova.

Krishnamurti - 10 de agosto de 1961
Do livro: O PASSO DECISIVO – Ed. Cultrix
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"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill