Se você se sente grato por este conteúdo e quiser materializar essa gratidão, em vista de manter a continuidade do mesmo, apoie-nos: https://apoia.se/outsider - informações: outsider44@outlook.com - Visite> Blog: https://observacaopassiva.blogspot.com

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Relato de uma experiência de despertar

“Nas últimas semanas, o ataque de forças negativas foi muito intenso. Vi-me diante de situações e de envolvimentos que pensava estarem resolvidos. Na realidade, era como se os corpos estivessem sendo provados em pontos que o ser interno já havia superado. Há alguns anos vivi situações semelhantes, mas o que ocorria então era um processo da alma, que buscava imprimir nos corpos da personalidade certas determinações. Desta vez, percebia como se os corpos, eles mesmos, tivessem de superar estados negativos e atingir um nível de vibração mais elevado.

Foi um período difícil, de muitas lutas. Fiquei diante da natureza humana, com toda a sua limitação, constatando que nesse nível nada podia fazer por mim mesmo. A segurança que antes sentia com o respaldo da energia interna se esvaziara, transformando-se numa capa de orgulho a camuflar as tendências e idiossincrasias do ego. Não posso dizer que essa fase tenha sido uma “noite escura”, mas os corpos estavam entregues a si próprios. Nas quedas fazia intenção de levantar-me; nas vitórias, de prosseguir — mas caía em pensamento, em sentimento e ação.

A vigilância é necessária sempre, pois a conivência vai sutilmente se infiltrando, sugerindo pensamentos, insuflando a imaginação, estimulando desejos e, pior, justificando-os. A natureza material, por si mesma, não se eleva; por isso é preciso dar condições para que ela seja continuamente atraída para o Alto por uma energia superior.

Orava muito nesses momentos, numa intensidade que há tempos desconhecia. Conscientemente invocava a ajuda e a luz da Hierarquia. Via que cada célula dos meus corpos tinha de acender o fogo em seu interior, também eles tinham de aspirar ao Supremo.

Lembrei-me do trabalho realizado pela Mãe¹, no sentido de liberar a luz existente no âmago das células físicas.Ela dizia que seria fácil, para o seu ser interno, tornar o sadio corpo que usava; porém, não era esse o trabalho que ela tinha de fazer, mas sim o de levar cada célula a liberar a sua luz, a aspirar ao Divino.



Nas instruções deixadas pela Mãe² encontrei uma oração que me foi de auxílio:

Apodere-se dessas células,
Apodere-se desse cérebro,
Apodere-se desses nervos,
Apodere-se corpo,
Apodere-se dessa matéria,
Apodere-se desses átomos,
Om, Senhor Supremo,
Manifesta Teu Esplendor.

Nas provas que vivera, constatei profundamente a limitação dos seres, enquanto restritos ao âmbito humano e, dessa constatação, emergiu a percepção do sofrimento que paira sobre a vida de superfície. Certo dia, tendo passado o período de lutas mais veementes, estava em quietude quando de dentro de meu ser emergiu um intenso clamor, uma oferta a Deus, como nunca havia ocorrido. Não era um processo mental, era algo que fluía de dentro para fora, e me tomava por inteiro. A mente apenas observava. O meu ser ofertava-se, sem reservas, para assumir em si próprio a carga do sofrimento do mundo. Tal era a intensidade da energia naquele instante, que o consciente não apresentou temor algum a dores ou doenças. Tampouco restrições ou expectativas. Não era um desejo, era um movimento interno, pleno, diferente de situações anteriores nas quais ‘tinha a intenção de doar-me’. Naquele momento a doação aconteceu e tomou todo o meu ser. Era algo que não se podia engendrar intelectual ou emocionalmente, nem os níveis humanos podiam cercear. Apesar de incluí-los e de neles imprimir sua vibração, essa energia era independente desses níveis.

Não saberia dizer quanto tempo durou essa experiência. Parece-me ter sido rápida. Estas linhas muito parcamente retratam o que realmente se deu, pois foi algo que não pode ser descrito sem se tornar limitado.”

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
"Quando você compreende, quando chega a saber,
então traz toda a beleza do passado de volta
e dá a esse passado o renascimento, renova-o,
de forma que todos os que o conheceram
possam estar de novo sobre a terra
e viajar por aqui, e ajudar as pessoas." (Tilopa)



"Nos momentos tranqüilos da meditação, a vontade de DEUS pode tornar-se evidente para nós. Acalmar a mente, através da meditação, traz uma paz interior que nos põe em contato com DEUS dentro de nós. Uma premissa básica da meditação, é que é difícil, senão impossível, alcançar um contato consciente, à não ser que a mente esteja sossegada. Para que haja um progresso, a comum sucessão ininterrupta de pensamentos tem de parar. Por isso, a nossa prática preliminar será sossegar a mente e deixar os pensamentos que brotam morrerem de morte natural. Deixamos nossos pensamentos para trás, à medida que a meditação do Décimo Primeiro Passo se torna uma realidade para nós. O equilíbrio emocional é um dos primeiros resultados da meditação, e a nossa experiência confirma isso." (11º Passo de NA)


"O Eu Superior pode usar algum evento, alguma pessoa ou algum livro como seu mensageiro. Pode fazer qualquer circunstância nova agir da mesma forma, mas o indivíduo deve ter a capacidade de reconhecer o que está acontecendo e ter a disposição para receber a mensagem". (Paul Brunton)



Observe Krishnamurti, em conversa com David Bohn, apontando para um "processo", um "caminho de transformação", descrevendo suas etapas até o estado de prontificação e a necessária base emocional para a manifestação da Visão Intuitiva, ou como dizemos no paradigma, a Retomada da Perene Consciência Amorosa Integrativa...


Krishnamurti: Estávamos discutindo o que significa para o cérebro não ter movimento. Quando um ser humano ESTEVE SEGUINDO O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, e PASSOU por TUDO isso, e esse SENTIDO DE VAZIO, SILÊNCIO E ENERGIA, ele ABANDONOU QUASE TUDO e CHEGOU AO PONTO, à BASE. Como, então, essa VISÃO INTUITIVA afeta a sua vida diária? Qual é o seu relacionamento com a sociedade? Como ele age em relação à guerra, e ao mundo todo — um mundo em que está realmente vivendo e lutando na escuridão? Qual a sua ação? Eu diria, como concordamos no outro dia, que ele é o não-movimento.

David Bohn: Sim, dissemos que a base era movimento SEM DIVISÃO.

K: Sem divisão. Sim, correto. (Capítulo 8 do livro, A ELIMINAÇÃO DO TEMPO PSICOLÓGICO)


A IMPORTÂNCIA DA RENDIÇÃO DIANTE DA MENTE ADQUIRIDA
Até praticar a rendição, a dimensão espiritual de você é algo sobre o que você lê, de que fala, com que fica entusiasmado, tema para escrita de livros, motivo de pensamento, algo em que acredita... ou não, seja qual for o caso. Não faz diferença. Só quando você se render é que a dimensão espiritual se tornará uma realidade viva na sua vida. Quando o fizer, a energia que você emana e que então governa a sua vida é de uma frequência vibratória muito superior à da energia mental que ainda comanda o nosso mundo. Através da rendição, a energia espiritual entra neste mundo. Não gera sofrimento para você, para os outros seres humanos, nem para qualquer forma de vida no planeta. (Eckhart Tolle em , A Prática do Poder do Agora, pág. 118)


O IMPOPULAR DRAMA OUTSIDER — O encontro direto com a Verdade absoluta parece, então, impossível para uma consciência humana comum, não mística. Não podemos conhecer a realidade ou mesmo provar a existência do mais simples objeto, embora isto seja uma limitação que poucas pessoas compreendem realmente e que muitas até negariam. Mas há entre os seres humanos um tipo de personalidade que, esta sim, compreende essa limitação e que não consegue se contentar com as falsas realidades que nutrem o universo das pessoas comuns. Parece que essas pessoas sentem a necessidade de forjar por si mesmas uma imagem de "alguma coisa" ou do "nada" que se encontra no outro lado de suas linhas telegráficas: uma certa "concepção do ser" e uma certa teoria do "conhecimento". Elas são ATORMENTADAS pelo Incognoscível, queimam de desejo de conhecer o princípio primeiro, almejam agarrar aquilo que se esconde atrás do sombrio espetáculo das coisas. Quando alguém possui esse temperamento, é ávido de conhecer a realidade e deve satisfazer essa fome da melhor forma possível, enganando-a, sem contudo jamais poder saciá-la. — Evelyn Underhill